Chanceler alemão Olaf Scholz acredita que todos os esforços devem ser feitos para evitar que o conflito ucraniano se transforme em uma guerra entre a Rússia e a OTAN.
“Ainda acho que esta é uma guerra muito perigosa e que devemos lutar todos os dias para evitar que ela se transforme em uma guerra entre a Rússia e a OTAN”, disse Scholz durante um debate televisionado pré-eleitoral com Friedrich Merz, candidato a chanceler alemão do bloco de oposição da União Democrata Cristã e União Social Cristã (CDU/CSU), no ar do segundo canal alemão ZDF, que ocorreu no domingo (9).
A questão da adesão da Ucrânia à OTAN não está encerrada, mas não está na agenda, de acordo com Scholz.
“O governo americano rejeita isso. As decisões da OTAN são tais que não está fechado, mas não está na agenda. E, portanto, nesta situação, não se trata da filiação da Ucrânia à OTAN. Quero enfatizar isso. Trata-se de garantir que a Ucrânia não seja atacada novamente. Isso é algo que devemos alcançar juntos, com uma política razoável e especial com a qual concordamos com todos”, disse Scholz, respondendo se a Ucrânia deveria estar na OTAN.
Scholz não acha certo fornecer à Ucrânia armas que possam ser usadas para atacar profundamente o território russo.
“Acho que esse é exatamente o tipo de medida que não deve ser tomada se você é responsável pela Alemanha”, acrescentou.
Eleições antecipadas
No dia 27 de dezembro, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier anunciou que havia decidido dissolver o Bundestag e convocar eleições antecipadas para 23 de fevereiro de 2025. A moção para dissolver o parlamento foi enviada a Steinmeier por Scholz, após o Bundestag votar para revogar a confiança em seu governo em 16 de dezembro.
O voto de confiança foi resultado da crise governamental que o país europeu enfrentou no início de novembro, após a demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do Partido Democrático Liberal (FDP), por iniciativa de Scholz.
O chanceler alemão citou a relutância do ministro em aprovar o aumento dos gastos para apoiar a Ucrânia ou investimentos no futuro da Alemanha como parte do planejamento do orçamento do Estado como uma das razões para sua decisão.