Decorre uma grande controvérsia sobre as reais intenções do presidente norte-americano em relação ao Irã. Por um lado, ele afirma que não permitirá que o regime dos ayatolás consiga obter a bomba nuclear (ainda que saiba que estão a semanas de a conseguir). Por outro lado, ele insiste nas conversações, visando um acordo com o inimigo, correndo o risco de cometer os mesmos erros de Obama ao acreditar nas boas intenções e seriedade da palavra dos assassinos fomentadores do terrorismo islâmico.
Pessoalmente, nunca acreditei que a recente e inesperada visita de Netanyahu a Washington tivesse a ver com as questão das tarifas. Logo percebi que isso não passava de uma cortina de fumo para tentar ocultar a verdadeira razão: Sabendo dos planos israelitas para atacar as instalações nucleares do Irã no início de Maio, Donald Trump pressionou o primeiro-ministro israelita a suspender por enquanto esse plano, preferindo jogar a cartada das conversações indiretas. As mesmas iniciaram-se no fim de semana passado, e terão a sua segunda ronda neste próximo fim de semana, em Roma.
A informação sobre este súbito impedimento “imposto” por Trump foi divulgada em primeira mão pelo “New York Times”. O jornal conseguiu informações vazadas da segurança israelita e de outras fontes ligadas à administração Trump, segundo as quais Israel tinha desenvolvido planos para lançar o ataque ao Irã em Maio, visando dessa forma atrasar por um ano o programa nuclear ligado a fins militares, contando que os EUA iriam concordar e apoiar o plano.
Os ataques seriam realizados através da poderosa Força Aérea Israelita. Israel contava com a ajuda dos militares norte-americanos, já que uma poderosa força militar se encontra destacada para a região, e Israel sabe que o Irão iria retaliar contra Israel e provavelmente contra as forças norte-americanas presentes na região.
Na semana passada Trump havia ameaçado o Irão de que se as conversações nucleares falhassem haveria um ataque contra as instalações nucleares no país, liderado por Israel e apoiado pelos EUA.
A maior parte dos peritos na matéria considera que os aviões e as munições de Israel não serão suficientemente poderosas para destruir todos os sítios nucleares do país inimigo, uma vez que alguns deles se encontram em bunkers profundos e bem protegidos dentro de montanhas rochosas. Para tentar destruir eficazmente todos os sítios seriam necessários bombardeiros pesados e as grandes bombas perfuradoras de bunkers que os EUA têm no seu arsenal.
Tudo foi interrompido com esta imposição de Trump, que decidiu avançar com uma nova iniciativa diplomática, bem a gosto dos inimigos de Israel, tendo Trump dito a Netanyahu que não apoiaria um hipotético ataque em Maio. O plano israelita era ter comandos a atacar as instalações nucleares no terreno com a cobertura aérea da aviação norte-americana. A revelação d plano israelita já veio entretanto provocar uma divisão nas opiniões da administração norte-americana.