A Coreia do Norte, país onde os cristãos são mais perseguidos atualmente, tinha um lugar especial no coração do fundador da Portas Abertas, Irmão André. Apesar de ser um país tão fechado ao evangelho, uma igreja viva e emergente persiste há anos na região, e a igreja global se une para ajudá-la a resistir.
Por causa da pressão extrema sobre os seguidores de Jesus, existe muita curiosidade sobre como celebrações cristãs comuns acontecem, como batismos, ceia e Páscoa. Este ano, Kim Sang-hwa (pseudônimo) esteve no Brasil compartilhando seu testemunho como cristã que foi perseguida na Coreia do Norte e relatou em primeira mão um pouco do cotidiano e dos desafios dos cristãos norte-coreanos.
Quando questionada sobre celebrações como a Páscoa, Kim explicou que as datas não são esquecidas, mas também não são celebradas como as tradições no Ocidente. Tudo ocorre de maneira muito discreta, simples e rápida, de modo que as autoridades não percebam. Como são vigiados com frequência, podendo estar cercados por espiões entre os vizinhos ou na própria família, todo cuidado é necessário.
Em alguns casos, usa-se como disfarce um encontro entre amigos ou a execução de uma tarefa de trabalho para reunir um grupo, fazer a leitura bíblica e, se possível, algumas orações. Em outras situações, as celebrações acontecem em datas diferentes das tradicionais, também por proteção. Ainda assim, a adoração e a esperança resistem no coração da igreja norte-coreana.
Celebre a Páscoa em oração
Nesta Páscoa, queremos compartilhar três formas de orar com a Igreja Perseguida na Coreia do Norte. Enquanto eles não podem celebrar juntos a ceia do Senhor, se os hinos precisam ser sussurrados e as orações disfarçadas, que nossos corações estejam unidos em Cristo, quem, ao entregar sua vida na cruz e ressuscitar, nos fez um corpo, uma família.
Permita-se ser transformado pela oração
“O que a oração faz?”, perguntou o Irmão André. “Nós frequentemente dizemos, a oração muda as coisas. Mas a oração não muda nada a princípio. Exceto você mesmo. Algo acontece através da oração. Sim, mas por causa de mim. Claro, Deus responde às orações, mas, antes de tudo, somos ordenados a orar para que nós mesmos sejamos mudados.” Ao se permitir ser usado por Deus com coragem em intercessão pela igreja secreta norte-coreana, nossos corações são inflamados pela presença de Cristo e nossos irmãos na fé encorajados com ousadia para pregar as boas-novas.
Interceda por sua família em Cristo
O Irmão André sabia que orar também significa ter compaixão pelos outros. Ele uma vez contou à equipe da Portas Abertas como o Senhor o tocou enquanto lia sobre a oração de Jesus no Getsêmani. “Você não pode vigiar comigo por uma hora? Meu coração se encheu de lágrimas quando li este versículo. Claro, devemos vigiar à noite com nossos irmãos e irmãs perseguidos. À noite, quando fica perigoso, à noite, quando você tem que enfrentar seus problemas, então você precisa de oração. Devemos ser fiéis. Na medida em que somos fiéis, eles são fortalecidos em sua fé.”
Acredite na oração
Nossas palavras são vazias se não acreditarmos no que oramos. O Irmão André usou o nome “Portas Abertas” por causa do que Jesus disse à igreja em Filadélfia (Ap. 3.7): “Estas são as palavras daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir”.
Em outras palavras: não devemos orar pelos cristãos norte-coreanos, mas com eles. Oramos pelo que eles oram. E a coisa mais importante pela qual eles oram é que sua fé seja mais forte do que a perseguição. “Graças às suas orações, nossa fé permanece inabalável”, compartilhou um cristão conosco.
Mas não ore com um coração sem cicatrizes. Nossos corações devem absorver o sofrimento de nossos irmãos e irmãs, assim como o próprio Jesus o fez na cruz. Quando eles são perseguidos, nós somos perseguidos. “Você nunca viu nossos rostos, no entanto, você carrega nossos fardos. Você está conosco”, compartilha um cristão norte-coreano.
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