“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;…” Mateus 24:6
13 de setembro de 2019.
A controvérsia entre Israel e a Rússia sobre ataques aéreos contra alvos iranianos na Síria e no Iraque continua, apesar da reunião entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente russo Vladimir Putin. Isto foi relatado na sexta-feira pelo jornal Arábia Independente.
Segundo o relatório, Moscou evitou três ataques aéreos israelenses em três postos avançados da Síria recentemente e até ameaçou que qualquer jato que tentasse tal coisa seria abatido, seja por jatos russos ou pelos mísseis antiaéreos S400. A fonte citada no relatório afirma que uma situação semelhante aconteceu duas vezes e que, em agosto, Moscou interrompeu um ataque aéreo em um posto avançado da Síria em Qasioun, onde uma bateria de míssil S300 está colocada.
Além disso, alegou-se que outro ataque aéreo planejado uma semana depois em um posto avançado da Síria na área de Qunaitra e um terceiro ataque aéreo em uma área sensível de Latakia. Essa evolução levou Netanyahu a fazer sua rápida visita à Rússia para tentar convencer Putin a ignorar os ataques de Israel na Síria. Segundo a fonte russa, Putin informou a Netanyahu que seu país não permitirá que nenhum dano seja causado ao exército do regime sírio, ou que qualquer uma das armas seja dada a ele, porque dar essa permissão seria visto como dando tolerância a Israel – algo que contradiz o objetivo da Rússia de ajudar o regime sírio.
A agência de notícias britânica-árabe informou que Netanyahu tentou apresentar uma mensagem positiva da cooperação entre os dois países e até tentou usá-la para sua campanha eleitoral, mas não funcionou. Fontes israelenses que falaram com o jornal consideraram a reunião “um fracasso”. Eles alegaram que tudo a respeito dos ataques aéreos no Iraque e na Síria prejudicaria terrivelmente a imagem dos russos aos olhos de seus aliados na região – Síria, Irã e as milícias que os apoiam.
A fonte russa disseram: “Putin expressou sua insatisfação com as últimas ações de Israel no Líbano” e até enfatizou a Netanyahu que “rejeita a agressão à soberania do Líbano”, algo que nunca foi ouvido dele. Putin afirmou ainda que alguém o está enganando em relação à Síria e ao Líbano e que ele não deixará passar sem uma resposta. Segundo ele, Netanyahu foi avisado para não atingir tais alvos no futuro.
O site árabe-britânico acrescenta que mais fontes israelenses disseram coisas semelhantes sobre o assunto, e a visita foi feita para reduzir a gravidade da controvérsia entre os países em uma tática, em vez de ideológica.
Fonte: The Jerusalém Post.