O movimento rebelde Ansar Allah, do Iêmen, mais conhecido como Houthis, anunciou o fim do cessar-fogo com os Estados Unidos após semanas de intensos combates e a entrada em guerra com Washington, afirmou um porta-voz Houthi em um comunicado divulgado em 22 de junho de 2025.
Os rebeldes afirmaram que a decisão foi uma resposta à “contínua agressão” dos Estados Unidos e seus aliados, incluindo ataques recentes a posições Houthis no Iêmen. O colapso do cessar-fogo ameaça uma nova rodada de escalada em uma região já mergulhada no conflito entre Irã, Israel e Estados Unidos.
O cessar-fogo foi negociado por Washington em maio de 2025, após as forças americanas sofrerem baixas no Iêmen, incluindo a queda de três jatos que se acredita serem F-16, e forçarem o porta-aviões USS Gerald R. Ford a manobrar no Mar Vermelho para escapar dos ataques houthis.
Segundo a mídia do Oriente Médio, os rebeldes usaram mísseis antinavio e drones de fabricação iraniana para ameaçar navios americanos e interromper a navegação no Golfo de Áden. A trégua exigia a suspensão dos ataques houthis contra alvos marítimos em troca da suspensão dos ataques americanos, mas os rebeldes afirmam que os EUA violaram o acordo ao continuar com os voos de reconhecimento e apoiar operações contra seus aliados.
O colapso do cessar-fogo coincidiu com uma escalada no Oriente Médio, onde o Irã, que apoia os houthis, está em um impasse com Israel e os Estados Unidos. Segundo fontes iranianas, Teerã vê os houthis como um aliado fundamental em sua estratégia para pressionar o Ocidente, fornecendo-lhes mísseis, drones e a tecnologia necessária para sua fabricação. Rebeldes iemenitas afirmaram estar prontos para retomar os ataques a navios de guerra e embarcações comerciais americanos que cruzam o Mar Vermelho, o que poderia ameaçar uma rota comercial vital que liga a Europa à Ásia.