O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apareceu de farda militar nesta terça-feira (16) para acompanhar os exercícios militares conjuntos que seu Exército conduz com o aliado Belarus.
Putin visitou um campo de treinamento na região de Nizhny Novgorod, cerca de 400 km a leste de Moscou, no último dia de exercícios militares conjuntos. Segundo a agência de notícias russa RIA Novosti, Putin conversou com soldados e inspecionou armas de diversos modelos e equipamentos de guerra, além de ter uma demonstração de sistemas de detecção e neutralização de drones.
Os exercícios militares entre Rússia e Belarus duraram cinco dias e ocorreram em um momento de tensões acirradas com a Otan por conta de uma invasão do espaço aéreo da Polônia por drones russos, abatidos com caças da aliança militar.
O Kremlin afirmou nesta que os exercícios militares com o maior aliado Belarus —que estava previsto desde agosto— não são direcionados contra ninguém.
No entanto, os exercícios militares entre Rússia e Belarus ocorrem a menos de uma semana da invasão de drones russos na Polônia e na Romênia, em um dos episódios mais tensos da já conturbada relação russa com a Otan. O incidente o que fez o governo polonês invocar o Artigo 4 do tratado da Otan, que agora avalia o que fazer em resposta. A Otan afirmou nesta sexta que “não vê ameaça militar direta” dos exercícios neste momento.
O Ministério da Defesa de Belarus confirmou que os países praticaram o uso de armas nucleares e o lançamento do míssil balístico hipersônico Oreshnik, que Moscou disparou contra a Ucrânia pela primeira vez em novembro do ano passado.
A Rússia testou um novo míssil hipersônico no final de semana, o Tsirkon, algo visto como uma demonstração de força. Inclusive, os exercícios militares tiveram uma visita-surpresa de militares dos Estados Unidos a Belarus para monitorar as simulações.
Os exercícios conjuntos Rússia-Belarus envolveram soldados de ambos os países, veículos terrestres, helicópteros de ataque e outras aeronaves, além de diversos tipos de navios de guerra, como destróieres e submarinos.
Segundo a RIA Novosti, mais de 100 mil soldados de ambas as nacionalidades participaram dos exercícios militares em 41 campos de treinamento nos dois países, além de mais de 240 navios de guerra —entre modelos de superfície e submarinos. Foram simuladas operações de combate reais.
Fonte: G1.