A discriminação e a exclusão de crianças cristãs são observadas em 72% dos 50 países onde os cristãos são mais perseguidos, segundo uma nova pesquisa da Portas Abertas. O estudo revela que o isolamento social e o assédio contra crianças cristãs têm consequências psicológicas a longo prazo.
A discriminação por meio da educação é a área de maior pressão, identificada em 100% dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2025, seguida pela violência psicológica e pelo assédio verbal, relatados em 92% dos países.
“Eu não sabia o que dizer quando falavam coisas ruins sobre Jesus. Eu não tinha respostas. Também não tinha ninguém para perguntar. Me sentia envergonhado por ser cristão”, diz Adel (pseudônimo), um cristão egípcio de dez anos entrevistado no estudo.
Adel relata discriminação na escola e em seu trabalho em uma oficina na periferia do Cairo. Ele conta que recebia menos do que crianças muçulmanas e era zombado e chamado de “louco” por causa de sua fé. Encontrar um ministério de jovens foi o caminho para escapar da infelicidade.
Efeitos da exclusão social sobre jovens cristãos
“A exclusão social que crianças cristãs enfrentam afeta muitas esferas da vida”, observa Kathryn de Carvalho, analista de perseguição religiosa específica da Portas Abertas e uma das autoras do estudo.
“Desde a rejeição social por colegas no recreio ou em shoppings até a vergonha imposta por figuras de autoridade, o afastamento por parte da própria família ou a exclusão da comunidade mais ampla. O impacto na fé, na identidade e no bem-estar mental da criança pode ser devastador”, ela relata.
O estudo lista diversos efeitos da exclusão social sobre jovens cristãos.
- Dificuldades de saúde mental: depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, baixa autoestima.
- Dificuldade em formar relações de confiança.
- Impactos na saúde física comparáveis ao consumo de até 15 cigarros por dia.
- Oportunidades educacionais e profissionais limitadas.
- Crescimento espiritual prejudicado e desconexão de comunidades de fé.
A pesquisa da Portas Abertas pede a integração da Liberdade de Crença Religiosa no Artigo 14 da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança. Além disso, recomenda maior capacitação e envolvimento de pessoas relevantes em questões religiosas locais sobre como eliminar práticas nocivas contra crianças.
“A forma como famílias, igrejas e comunidades respondem tem o potencial de apoiar e fortalecer jovens cristãos. Construir um senso de pertencimento e conexão social pode ajudar indivíduos a prosperar e ter liberdade para crescer em sua fé”, afirma a pesquisa.
O estudo destaca o papel essencial de clubes juvenis cristãos e redes de apoio para reduzir os impactos nocivos à saúde e ajudar jovens cristãos a confiar nos outros e formar boas relações.
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Pedidos de oração por crianças cristãs perseguidas
- Ore para que as crianças discriminadas por seguir a Jesus lembrem que sua identidade é definida em Cristo apenas e não em qualquer ofensa ou preconceito humanos.
- Interceda por cura e consolo para crianças cristãs perseguidas.
- Clame por sabedoria para os pais, líderes cristãos e outros responsáveis que cuidam e ensinam as crianças em contexto de perseguição e exclusão por motivo religioso.