O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (5) que suspenderia toda a ajuda à Nigéria e sugeriu uma ação militar caso o país africano “não parasse de matar cristãos”.
“Se o governo nigeriano continuar permitindo o assassinato de cristãos, os EUA suspenderão imediatamente toda a ajuda e assistência à Nigéria. Faremos coisas à Nigéria que a Nigéria não aprovará e poderemos muito bem invadir esse país agora desonrado, com armas em punho, para exterminar completamente os terroristas islâmicos que estão cometendo essas atrocidades horríveis”, disse ele em uma publicação nas redes sociais.
Na semana passada, o líder americano reincluiu a Nigéria na lista de países que, segundo os EUA, violaram a liberdade religiosa e, no sábado (1º), afirmou ter pedido ao Departamento de Defesa que se preparasse para uma possível ação militar “rápida” caso o país não reprimisse o assassinato de cristãos.
A decisão de Washington de designar a Nigéria como violadora das liberdades religiosas tensionou as relações diplomáticas entre os dois países.
O governo nigeriano rejeitou a designação feita pelos Estados Unidos como um “país de preocupação especial” devido a supostas violações da liberdade religiosa, afirmando que a medida se baseava em desinformação e dados falhos.
O chefe do Estado-Maior da Defesa da Nigéria, General Olufemi Oluyede, afirmou que o país enfrenta terrorismo, e não perseguição a cristãos.
A presidência nigeriana declarou que acolheria de bom grado a ajuda dos EUA no combate aos insurgentes islamistas, desde que a integridade territorial do país seja respeitada.
O ministro da Informação do país nigeriano, Mohammed Idris, afirmou que o terrorismo afeta tanto cristãos quanto muçulmanos e que o governo está empenhado em acabar com a violência extremista por meio de ações militares, cooperação regional e diálogo com parceiros internacionais.
A Nigéria abriga mais de 200 grupos étnicos que praticam o cristianismo, islamismo e outras religiões tradicionais em coexistência. Apesar disso, o país vivenciou episódios de violência, muitas vezes motivados por tensões étnicas e pela competição por recursos escassos.
Fonte: CNN.
