O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (6) que o Cazaquistão vai aderir aos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e países de maioria muçulmana.
“O Cazaquistão é o primeiro país do meu segundo mandato a aderir aos Acordos de Abraão, o primeiro de muitos. Este é um passo importante na construção de pontes ao redor do mundo”, escreveu Donald Trump em publicação na Truth Social.
“Hoje, mais nações estão se alinhando para abraçar a paz e a prosperidade por meio dos meus Acordos de Abraão”, seguiu Trump, acrescentando que a cerimônia de assinatura deve ser anunciada em breve.
O Cazaquistão já mantém relações diplomáticas plenas e laços econômicos com Israel, o que significa que o movimento seria em grande parte simbólico.
“Nossa adesão prevista aos Acordos de Abraão representa uma continuação natural e lógica da política externa do Cazaquistão baseada no diálogo, no respeito mútuo e na estabilidade regional”, afirmou o governo cazaque em nota.
O anúncio ocorre enquanto o presidente cazaque, Kassym-Jomart Tokayev, e outros líderes da Ásia Central se reúnem com Donald Trump na Casa Branca.
Os EUA buscam ganhar influência em uma região há muito dominada pela Rússia e cada vez mais cortejada pela China. “Alguns países da Ásia Central vão se juntar aos Acordos de Abraão”, disse Trump.
Uma fonte familiarizada com o assunto afirmou que a esperança dos Estados Unidos é que a entrada do Cazaquistão ajude a revigorar os Acordos de Abraão, cuja expansão foi interrompida durante a guerra em Gaza.
Trump afirmou repetidamente que deseja ampliar os acordos que mediou durante seu primeiro mandato na Casa Branca.
Os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein estabeleceram relações com Israel em 2020 sob os Acordos de Abraão. Marrocos também estabeleceu laços com Israel mais tarde no mesmo ano.
Trump tem se mostrado otimista quanto à possibilidade de que a potência regional Arábia Saudita finalmente se junte aos acordos desde que o cessar-fogo entrou em vigor em Gaza no mês passado, mas Riad não demonstrou disposição para avançar sem, ao menos, um caminho claro para a criação de um Estado palestino.
O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman deve visitar a Casa Branca em 18 de novembro.
Outros países da Ásia Central, como Azerbaijão e Uzbequistão, ambos com laços estreitos com Israel, também são vistos como potenciais candidatos a aderir aos Acordos de Abraão, considerados uma das principais conquistas de política externa do primeiro mandato de Trump.
Fonte: CNN.
