Os constantes conflitos armados, a perseguição religiosa e as crises política e financeira são fatores que contribuíram para a fuga de milhares de cristãos no Oriente Médio. Líderes de igrejas como Chimoun Daniel, do Iraque, temem o futuro e clamam pelo apoio do corpo de Cristo espalhado em todo mundo. “Os cristãos são sal e luz. Então, imagine um lugar sem luz e imagine um lugar sem sabor”, afirma. A fuga dos cristãos é um dos motivos da Portas Abertas escolher o tema Fé Corajosa no Oriente Médio e Norte da África para o Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2026.
Como a fuga de cristãos impactou os países do Oriente Médio e Norte da África?
Em 2011, a Síria era o lar de cerca de 2 milhões de cristãos, mas o número foi reduzido para 579 mil. Em 2003, havia no Iraque cerca de 1,5 milhão de cristãos, mas agora o número estimado é de menos de 200 mil. Nos Territórios Palestinos, o número de cristãos despencou de 11% do total da população em 1922 para apenas 1% agora na Faixa Ocidental e Gaza. Em Belém, local do nascimento de Jesus, os cristãos eram 86% da população em 1950. No último censo de 2017, a proporção foi de 10% da população.
Por que os cristãos estão fugindo do Oriente Médio e Norte da África?
A queda da presença cristã na região é consequência de problemas antigos, inclusive do extremismo islâmico. Em 2006, a família de Chmoun Daniel recebeu uma ameaça direta da Al-Qaeda. “Um dia, acordamos e encontramos uma bala dentro de uma carta ensopada de sangue. A carta dizia que nós precisávamos partir em 24 horas ou seríamos mortos”, testemunha. Todos fugiram para a cidade de Erbil, mas, dez anos depois, suas irmãs e pais se refugiaram na Austrália.
Outro fator que impulsionou a fuga da Síria foi a instabilidade política e a destruição da economia. O resultado disso é pessoas tentando viver com uma renda insuficiente para pagar despesas como alimentação e moradia. O medo do futuro incerto faz com que as pessoas deixem seus países.
O serviço militar obrigatório na Síria também motivou a fuga de milhares de jovens e isso impactou negativamente o testemunho dos seguidores de Jesus na sociedade. O líder cristão Malatius Messika explica: “Nós testemunhamos uma emigração significativa de cristãos nos últimos 14 anos e após o terremoto que aconteceu em 6 de fevereiro de 2023. Depois dos eventos recentes na Síria, infelizmente, até mesmo aqueles que tinham previamente descartado a ideia de emigração agora a consideram”.
Em países como Iêmen, Arábia Saudita e Líbia ser cristão não é uma opção. Os cidadãos são considerados muçulmanos e a maioria dos cristãos são estrangeiros. Os que decidem deixar o islã para seguir a Jesus enfrentam pressão e violência por parte de familiares, comunidade, governo e grupos extremistas. Para muitos, deixar o país é a única maneira de fugir de prisões arbitrárias e escapar da morte. Khaled (pseudônimo), um cristão de origem muçulmana do Iêmen questiona: “Se as pessoas forem embora para outros países, quem dirá a elas que Jesus as salvou? Não é fácil, mas é necessário”.
Como apoiar cristãos perseguidos no Oriente Médio e Norte da África?
É possível apoiar cristãos perseguidos ao organizar o DIP 2026 na igreja local. Por meio do movimento anual de oração, cristãos em todo o Brasil e América Latina se unem para interceder pela Igreja Perseguida no Oriente Médio e Norte da África.
Além disso, o apoio pode ser financeiro ao doar para projetos de socorro imediato às necessidades básicas, reconstrução de casas, distribuição de Bíblias, discipulado, treinamento, cuidados pós-trauma e geração de renda.
Organize o DIP 2026 em sua igreja
Você pode apoiar a mudança da realidade dos cristãos no Oriente Médio e Norte da África. Organize o DIP 2026 e mobilize sua igreja a participar do maior movimento de oração da América Latina em favor da Igreja Perseguida.
