Milhares de manifestantes pró-palestinianos desfilaram no final da tarde de Quinta-Feira em Manhattan, vociferando a famosa provocação “From the river to the sea, Palestine will be free” (Do rio até ao mar, a Palestina será livre). Outros slogans, como “Israel you can’t hide, we charge you with genocide. Israel what do you say? How many kids did you kill today?” (Israel, não te podes esconder, acusamos-te de genocídio. Israel: o que dizes? Quantos garotos mataste hoje?). Os manifestantes bloquearam ainda a frente do World Trade Center e outros locais da baixa de Manhattan, em Nova Iorque.
Os manifestantes também atacaram o presidente Joe Biden pelo seu posicionamento de apoio a Israel e a ajuda militar concedida ao estado judaico desde o início da guerra em Gaza. Numa das faixas ostentadas na manifestação lia-se: “Genocida Joe, tens de sair.”
Um dos organizadores desta condenável manifestação, Nerdeen Kswadi, comentou ao diário “New York Post”: “Sem o apoio dos EUA, sem a ajuda política, financeira, mediática e de muitas outras formas por parte dos EUA, a resistência palestiniana já teria derrotado Israel desde há muito tempo.”
Um grupo separado com umas 1.500 pessoas desfilaram naquilo a que chamaram de “uma procissão funerária pelas crianças mortas em Gaza.” Os manifestantes vestiram-se de preto e marcharam silenciosamente ao toque de um tambor e levando consigo 500 bonecos representando crianças mortas, depositando-os depois no pavimento do Times Square, o coração de Nova Iorque.
JUDEUS PROIBIDOS DE ENTRAR EM LOJAS NA TURQUIA
Entretanto, na Turquia, cuja população está cada vez mais influenciada pelos discursos de ódio antissemita do cruel presidente Recep Erdogan, que comparou Netanyahu a Hitler, um pouco por todo o país estão sendo colocadas bandeiras de Israel no chão de mercados e lojas, para que as pessoas que ali entram pisem as bandeiras com a estrela de David, num acto de verdadeira profanação de um símbolo que deveria ser por todos respeitado. Não só isso, mas na cidade de Istambul já há lojas a colocarem dísticos informando da proibição de entrada a judeus. Na capital Ancara, uma gigantesca faixa exibe Netanyahu com uma cruz suástica e com cara de porco, com os seguintes dizeres: “Israel assassina bébés.”
E como se isso não bastasse, há letreiros nos supermercados apelando ao boicote de produtos israelitas, ao mesmo tempo que desenhos com a exibição de planadores do Hamas entrando em Israel adornam as paredes. Em posters afixados nas entradas do metro de Istambul pode ler-se: “Israel assassina”, e outras provocações semelhantes pintadas com spray na entrada de uma sinagoga em Esmirna.
Os próprios jornais carregam apelos antissemitas, tais como: “Tem de haver um fim a este estado terrorista”(uma referência a Israel)”, “O mundo tem de destruir este vírus (Israel)” e “Netanyahu é o carniceiro de Gaza.”
O presidente Erdogan, num dos seus recentes acessos de loucura antissemita, chegou ao ponto de afirmar que a visão de Israel de uma terra prometida estava a pôr em causa a integridade territorial da Turquia, pelo que a defesa da Turquia inicia-se em Gaza… Não é desconhecida a ambição deste cruel assassino ditador ao lugar de califa, numa espécie de ressurreição do antigo califado turco otomano…
Mas a imbecilidade e imaginação pérfida dos antissemitas turcos não fica por aqui. Um jornal turco, o Sabah, publicou um mapa com a alegada terra prometida de Israel e que incluía a parte Norte de Chipre, que como se sabe está ilegalmente ocupada pelos turcos. Logo a seguir a esta publicação, foi lançada uma campanha de oposição à venda de terrenos a judeus no Norte de Chipre, sob a alegação “Para que não nos tornemos numa nova Palestina”, e, “Promova-se uma lei limitando a venda de terrenos a judeus e a israelitas.”
“O antissemitismo nunca esteve assim tão mau” – afirmou Hay Eytan Cohen Yanarocak, pesquisador no Centro Dayan para Estudos do Médio Oriente e África. Contudo, este pesquisador acrescentou que esta situação ainda não levou ao romper de relações entre os dois países, pelo contrário, os navios turcos continuam a chegar com mercadorias aos portos israelitas, tampouco houve até agora tentativas para bloquear o fluir do petróleo desde o Azerbaijão até Israel que passa pelo seu território.
CRESCIMENTO SEM PRECEDENTES DO ANTISSEMITISMO EM TODO O MUNDO
É sem precedentes, pelo menos em tempos recentes, a perturbadora e preocupante onda crescente de actos antissemitas um pouco por todo o lado. Só nos EUA, após o 7/10, o aumento de incidentes antissemitas é de 337%, com mais de 2.000 incidentes registados, uma média diária de 34. Esses actos incluem vandalismo de lojas judaicas, boicotes, provocações verbais ou escritas e até violência física.
Na Europa, o crescimento do antissemitismo tem estado a atingir níveis nunca vistos em décadas, provocando uma onda de medo entre as várias comunidades judaicas espalhadas pelo velho continente. Na Alemanha, as provocações antissemitas têm tido um incremento de 240% em comparação ao mesmo período do ano anterior, e na Áustria cerca de 300%. No Reino Unido, há relatos de mais de 1.000 incidentes após o 7/10, incluindo ataques a escolas e visando até crianças. Segundo o conceituado jornal “The Guardian”, os crimes de ódio antissemita tiveram só em Londres um aumento de cerca de 1.350%! Em França, há registo de uma verdadeira “explosão”, com mais de 1.500 incidentes, havendo actualmente um sentimento de grande insegurança entre os judeus franceses.
Por todo o mundo há grandes manifestações pró-palestinianos, muitas delas apelando ao fim da existência do próprio estado de Israel.
Tal como aconteceu no passado, nos tenebrosos anos 1930, estas ondas de antissemitismo poderão levar ao fluxo de um número sem precedentes de judeus que decidem emigrar para a Terra de Israel, a sua terra, cumprindo assim a última parte das muitas profecias milenares relacionadas com os últimos dias antes do regresso do Messias. Pessoalmente, creio que isso está para breve, e que poderemos estar a assistir a uma nova onda de aliyah. Que assim seja!