O presidente francês Emmanuel Macron disse na sexta-feira que o destino de um acordo nuclear revivido depende do Irã e que um acordo seria “útil”, mesmo que não resolva tudo.
Questionado durante uma visita à Argélia sobre as chances de sucesso em reviver o acordo de 2015 entre Teerã e potências mundiais, Macron se recusou a especular.
“Agora a bola está no campo do Irã”, disse Macron a repórteres.
O impulso foi construído para reviver o acordo histórico que deu alívio às sanções ao Irã em troca de restrições em seu programa nuclear.
As partes do acordo de 2015 com o Irã o viram como a melhor maneira de impedir a República Islâmica de construir uma bomba nuclear – um objetivo que Teerã sempre negou.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se unilateralmente do pacto em 2018 e reimpôs sanções econômicas incapacitantes ao Irã, que por sua vez começou a recuar em seus próprios compromissos.
Apenas algumas semanas depois que as perspectivas de um acordo revivido pareciam mortas, apesar de meses de negociações, a União Europeia apresentou em 8 de agosto o que chamou de texto final para restaurar o acordo.
O Irã voltou na semana passada com uma série de mudanças propostas, às quais os Estados Unidos responderam formalmente na quarta-feira.
“Acho que é um acordo, se for concluído nos termos apresentados hoje, o que é útil”, disse Macron, cujo país é um dos seis que assinaram o acordo original com o Irã.
Também é “melhor do que nenhum acordo”, acrescentou.
“Mas também é um acordo que não resolve tudo. Sabemos disso”, disse Macron, referindo-se ao papel regional do Irã e aos supostos esforços de “desestabilização”.