Amanhã, 15 de Setembro, o mundo assistirá à assinatura do chamado “acordo de Abraão”, em Washington, permitindo a reconciliação dos filhos de Abraão, especificamente Israel e os estados árabes dos Emirados Árabes Unidos e do Bahrein.
75ª ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS
Simbolicamente, no mesmo dia, em Nova Iorque, dá-se o início da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que irá como sempre abordar a falta de paz no mundo, dando até a plataforma a alguns dos responsáveis pelos atuais conflitos mundiais.
Apesar de ter a sua abertura oficial amanhã com o habitual esperado discurso do presidente do Brasil, os debates em si iniciam-se uma semana depois, no dia 22, após um evento especial a realizar no dia 21 sob o tema: “O Futuro que desejamos, a ONU que precisamos: reafirmando o nosso compromisso coletivo com o multilateralismo.”
EUROPA REPRESENTADA POR MINISTRO HÚNGARO
O único representante da União Europeia convidado a participar na assinatura histórica sob os auspícios de Donald Trump será o ministro para as Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, que já comentou, elogiando o presidente dos EUA pelo “melhor plano de paz para o Oriente Médio até agora.”
A maior parte das potências europeias, como é o caso da França e do Reino Unido deram as boas vindas ao acordo entre Israel e os Emirados, bem como o órgão executivo da União Europeia, que se pronunciou dizendo que o acordo é “bom para a estabilidade regional.”
JARED KUSHNER: O JUDEU MENTOR DOS ACORDOS
Por detrás destas negociações entre judeus e árabes está o genro de Trump, o judeu Jared Kushner, conselheiro chefe do presidente norte-americano, que também estará presente na assinatura do histórico acordo.
OUTROS PAÍSES ÁRABES NA LISTA DE ESPERA
Fala-se que o Omã será o próximo país a estabelecer relações diplomáticas com Israel. Também tem sido abordada a possibilidade da realização de voos directos entre Tel Aviv e Marrocos. A Arábia Saudita tem sido também apontada como um dos prováveis países a estabelecer a paz com Israel, ainda que já tenha comentado que tal dependerá do processo de paz entre israelitas e palestinos.
RAIVA PALESTINIANA
Quanto mais se vai alargando a lista de países árabes a assinarem a paz com Israel, mais vai crescendo a fúria dos palestinos, que se sentem cada vez mais abandonados e traídos pelos “irmãos” árabes.
Dando jus ao antigo ditado de que os palestinos “nunca perdem uma oportunidade para perder uma oportunidade”, grupos palestinos já anunciaram a formação de uma nova frente unida contra Israel, a “Liderança Nacional Unida da Resistência Popular”, cuja motivação é “a luta compreensiva popular que não cessará até ao estabelecimento de um estado independente palestino com Jerusalém como capital.”
Vários dias de “raiva popular” foram já organizados, com manifestações de ira em que bandeiras dos EUA, Israel e dos 2 países árabes têm sido queimadas.
Os palestinos perdem cada vez mais a simpatia e o apoio dos países árabes, cansados de uma disputa que parece não ter fim. Alguns dos motivos aludidos por autoridades governamentais árabes têm a ver com os métodos terroristas utilizados pelos palestinos, para além do seu apoio ao inimigo comum – o Irã – e a conhecida corrupção nas suas lideranças.
PREOCUPAÇÕES ESCATOLÓGICAS
Enquanto muitos celebram estes inéditos e inesperados acordos, outros vêem-nos com extrema cautela e preocupação, alegando que os mesmos podem ser traiçoeiros para Israel, uma vez que, pelo menos no caso dos Emirados Árabes Unidos, o acordo a assinar permitirá a venda dos poderosos aviões de guerra F-35 pelos EUA àquele país árabe, temendo-se que tal venha a produzir um desequilíbrio militar estratégico em toda a região.
Alguns temem que isto leve a uma futura traição árabe, baseando o seu raciocínio nos avisos bíblicos referentes à falsa “paz e segurança” alardoada nos dias finais. Há de fato profecias em Isaías aludindo a “um acordo de morte e com o inferno” estabelecido com Jerusalém e que é condenado por Deus.
UM SETEMBRO HISTÓRICO E SOMBRIO
Logo depois da assinatura deste acordo de “paz” na capital norte-americana, Israel entra em confinamento total por 3 semanas, iniciando-se às 14h da próxima Sexta-Feira, dia 18, poucas horas antes do início da Festa Judaica do Ano Novo, o Rosh Hashanah, ou Festa das Trombetas.
Israel tem estado na linha da frente mundial nos novos casos de infecção, com mais de 3 mil novas pessoas a serem diariamente afectadas pelo coronavírus.
Pouco antes de subir a bordo do avião que o levaria a Washington, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu escrevia do seu tweet: “No nosso caminho de levarmos a paz em troca da paz.”
Que assim seja. Só Deus sabe até onde isto nos levará. Mas que são dias impressionantes, estranhos, velozes e preocupantes, lá isso são…
Fonte: Shalom, Israel!