Burkina Faso, país do Oeste Africano, foi uma dos países que entraram na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2020. Existem vários grupos islâmicos militantes operando no país. Entre eles estão: Jamaat Nusrat al-Islam wal Muslimeen (JNIM), Estado Islâmico da África Ocidental (ISWA, da sigla em inglês), Estado Islâmico no Grande Saara (ISGS, na sigla em inglês), Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM, na sigla em inglês), al-Murabitoun, Ansar Dine e Boko Haram. Esses grupos têm sido responsáveis por vários ataques e estão ganhando terreno, especialmente após a instabilidade política no vizinho Mali.
Como afirma o Banco Mundial: “Como outros países da sub-região, Burkina Faso está enfrentando condições de segurança cada vez mais desafiadoras. Embora protegido por um longo tempo, o país entrou em um ciclo de ataques terroristas mais frequentes, especialmente no Norte do país, perto da fronteira com o Mali e o Níger”.
O International Crisis Group também destaca os desafios que as forças de segurança do país enfrentam: “As forças de segurança de Burkina Faso estão lutando para lidar com os crescentes ataques de insurgentes, especialmente no Norte e Leste do país. A violência no Norte se espalhou da província de Soum, o epicentro da insurgência de Ansarul Islam (outro grupo jihadista ativo no país) a outras províncias, especialmente Sourou. Ansarul Islam continua a lançar ataques, principalmente contra as forças de segurança.”
O forte aumento de 18 pontos em relação à LMP 2019 deveu-se principalmente ao aumento da violência no país que, por sua vez, levou a um novo aumento da pressão, como pode ser visto no infográfico abaixo.
Burkina Faso mostrou um grande progresso em direção à democracia desde a derrubada da ditadura de Compoare. O processo eleitoral tornou-se mais aberto e credível, e o governo também tomou várias medidas para melhorar os direitos humanos. Apesar da extrema pobreza, militância islâmica e corrupção, o país está tentando fazer progressos em termos de democracia e Estado de direito. As eleições gerais de 2015 trouxeram uma nova face ao papel de liderança. Roch Marc Christian Kaboré, do Movimento para o Progresso do Povo, tornou-se o primeiro presidente eleito democraticamente em 27 anos.