Com 62 pontos, a Malásia se classificou em 40º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020. No ano anterior, o país marcou 60 pontos e se classificou em 42° lugar. A queda de 5 pontos na pontuação geral em 2019 comparado ao ano anterior reflete o resultado inesperado das eleições presidenciais em 2018. Os pontos caíram de forma mais significativa nas esferas nacional e igreja, mas também em violência. Especialmente minorias, como cristãos, hindus e budistas colocam esperança no novo governo, entretanto, o governo teve que recuar em muitas iniciativas e reter a política de ação afirmativa por causa dos muçulmanos malaios.
A pressão aos cristãos na Malásia aumentou em todas as esferas da vida, aumentando a pressão média de 11,7 para 12,2. A pressão é extrema e mais forte na família, e está em um nível muito alto na comunidade, vida privada e nação. A pressão na família e vida privada mostra os problemas enfrentados por convertidos do islamismo e outras religiões, conduzida também pela política de islamização do país. A pressão resultada da opressão islâmica está presente em todas as esferas da vida. Partidos e grupos islâmicos conservadores continuam sendo fortes na Malásia.
A pontuação para violência contra cristãos permanece no mesmo nível que no ano anterior. Além do sequestro de certos cristãos nos últimos anos, a perseguição raramente é violenta na Malásia. O pastor Joshua Hilmy e sua esposa Ruth estão desaparecidos há mais de dois anos, após sumirem de sua casa no estado de Selangor. O pastor Raymond Koh foi sequestrado enquanto dirigia em uma avenida movimentada em Petaling Jaya e está desaparecido desde fevereiro de 2017. Seu paradeiro ainda é desconhecido e, de acordo com as descobertas da comissão de direitos humanos do país, as forças especiais da polícia estão envolvidas no sequestro.
A perseguição por gênero
Na Malásia, os direitos legais das meninas e mulheres são prejudicados por medidas que abrem exceções para a lei da sharia. Organizações da sociedade civil declararam em fevereiro de 2018 no relatório da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU) que “mulheres muçulmanas agora desfrutam de mais direitos no casamento, divórcio, guarda dos filhos e herança do que mulheres não muçulmanas”. O relatório também declara que: “outras áreas de casos graves de discriminação contra a mulher sob o direito da família islâmico incluem divórcio, poligamia e casamento infantil”.
Essas leis abrem espaço de vulnerabilidade para mulheres convertidas do islamismo para o cristianismo, o mais comum sendo a ameaça de estupro ou casamento forçado com muçulmanos. Já que a idade mínima legal para casamento no direito da família islâmico é de 16 anos para mulheres e pode ser ainda menor com o consentimento de um juiz da sharia, é possível que meninas sejam casadas. Essa lei pode tornar garotas que se converteram ao cristianismo mais vulneráveis. O governo federal tentou agir contra casamentos infantis, mas encontrou a resistência irritada de conservadores muçulmanos. Em alguns casos, jovens mulheres cristãs são sequestradas e nunca mais são vistas.
Essa é uma tática efetiva porque uma vez que mulheres cristãs são registradas como muçulmanas, não há mecanismos para reverter isso, mesmo em caso de divórcio. Além disso, todas as crianças nascidas como resultado do chamado “casamento” também são legalmente consideradas muçulmanas.
Pedidos de oração
- Ore pelas mulheres e meninas cristãs, para que o Senhor as proteja de casamentos forçados com muçulmanos e de qualquer tipo de violência.
- Interceda por aqueles que são expulsos de casa por se converterem a Jesus.
- Como a Constituição define os malaios como muçulmanos, não há liberdade para praticar nenhuma outra religião e também é proibido compartilhar o evangelho entre eles. Ore por mudança e que mesmo assim o reino de Deus avance no país.