No México, que ocupa a 39ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, os três tipos principais de perseguição são corrupção e crime organizado, antagonismo étnico e intolerância secular. Muitos cristãos são vistos como obstáculos à atuação de gangues criminosas, especialmente quando estão engajados no trabalho com jovens e reabilitação de usuários de drogas. Por isso, eles enfrentam ataques, extorsão e até mesmo assassinato.
O antagonismo étnico se manifesta porque 21,5% da população do México pertence a grupos indígenas. Essas comunidades são governadas por leis e costumes tradicionais, com mínima intervenção do Estado. Os que se convertem ao cristianismo protestante enfrentam pressão e ataques violentos quando abandonam as práticas do grupo étnico ao qual pertencem. Eles são punidos e geralmente forçados a deixar suas casas.
Políticas que buscam promover ideologias liberais são encorajadas no México, principalmente no que diz respeito a questões ligadas a educação sexual, aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo. A defesa da vida e da família promovida pelos cristãos é geralmente criticada. Além disso, alguns líderes de igrejas já foram ameaçados de sanções por dar opiniões políticas em público.
Ações violentas contra cristãos se estendem a todo o país
A perseguição violenta é realizada por grupos criminosos contra líderes cristãos e endossada direta ou indiretamente pelo governo, devido à corrupção e impunidade. Líderes e membros de comunidade indígenas também são responsáveis por atacar convertidos ao cristianismo e pressioná-los através de multas, isolamento, negação de acesso a serviços básicos e prisão.
Nesse contexto, cristãos, líderes cristãos e igrejas têm se tornado alvo de ataques, ameaças, extorsão, etc. Isso acontece com frequência cada vez maior em todo o país e não apenas naqueles lugares conhecidos por serem os mais violentos. Parece haver uma forte presença de células criminosas agora em muito mais regiões que antes.
No que diz respeito à intolerância secular, cristãos e aqueles que expressam suas convicções cristãs são vítimas de crítica e ridicularização. O princípio do secularismo busca confinar toda religião à esfera privada. Assim, as críticas a demonstrações públicas de fé, como marchas ou manifestações organizadas por grupos cristãos e declarações políticas feitas por líderes cristãos, estão piorando.
Fonte: Portas Abertas.