A ameaça chinesa de invadir Taiwan é grave e mais iminente do que muitos acreditam, avisou almirante norte-americano.
O almirante John Aquilino, que foi escolhido para liderar o Pentágono na região do Indo-Pacífico, afirmou que a China considera Taiwan sua “prioridade nº 1”, em discurso no Comitê de Serviços Armados do Senado norte-americano na terça-feira (23), segundo o The Guardian.
Aquilino parece discordar com o almirante Philip Davidson, que acredita que o gigante asiático apenas possa tentar atacar e assumir o controle de Taiwan daqui a seis anos.
“A minha opinião é que este problema está mais próximo do que muitos de nós pensamos, e nós temos de avançar”, apontou o almirante, citado pelo jornal britânico. Na verdade, Aquilino acredita que, para conter a “ameaça chinesa”, os EUA necessitam executar um plano de US$ 27 bilhões (cerca de R$ 148,7 bilhões) para reforçar as defesas norte-americanas na região “em um futuro próximo e com urgência”.
“O Partido Comunista chinês tem gerado algumas capacidades na região que são destinadas a nos manter fora […]. A questão mais perigosa é [a existência] de uma força militar contra Taiwan”, declarou Aquilino, citado pelo The Guardian.
O almirante, que comanda a frota americana no Pacífico, sublinhou que existem duas principais preocupações caso a China venha, de fato, a invadir Taiwan. Em primeiro lugar, poderá ameaçar o comércio global, visto que muitos bens passam pela ilha. Por outro lado, colocaria em causa a credibilidade dos EUA diante de seus aliados asiáticos, tais como Japão, Coreia do Sul e Filipinas.