Durante o dia de hoje têm-se registado vários confrontos ao longo da vedação que separa Israel da Faixa de Gaza. Um dos arruaceiros palestinos disparou contra um militar israelita, e calcula-se em 41 o número de manifestantes palestinos atingidos pelas tropas israelitas. Dois palestinianos foram gravemente feridos, entre os quais um rapaz de 13 anos.
Os militares israelitas alegam que confrontaram centenas de manifestantes que se deslocavam junto à vedação de separação, usando gás lacrimogéneo, balas Ruger – uma forma menos letal do que as balas usadas em fogo real.
Um vídeo que circula nas redes sociais revela um grupo de palestinos correndo na direção de um pequeno buraco no muro de cimento que rodeia a fronteira, e por onde um militar israelita disparava. Os palestinos tentaram destruir a arma do israelita, usando um cano e atirando uma pedra contra a mesma. A uma certa altura tentaram arrancar a arma ao soldado. Num outro vídeo divulgado por jornalistas palestinianos podem ver-se centenas de palestinianos a aproximarem-se da barreira de vedação.
O ministro israelita da Defesa, Benny Gantz, afirmou num canal israelita de TV que Israel “não aceitará qualquer dano às nossas forças. Os incidentes na vedação são graves e nós responderemos aos mesmos.”
Desde há vários dias que estas manifestações violentas estavam sendo organizadas pelos grupos palestinianos. Israel tinha enviado reforços na passada Quinta-Feira, mas os mesmos revelaram-se insuficientes para as ações violentas que hoje ali decorreram.
“As nossas massas de mobilização vieram anunciar que o caminho da Espada de Jerusalém foi renovado” – afirmou um líder do Hamas, fazendo uso da terminologia usada pelo grupo terrorista quando dos confrontos com Israel em Maio passado. Vários manifestantes usaram fundas, outros incendiaram pneus, atirando-os para a vedação, levantando grande nuvens de fumo. No entanto, a maioria dos manifestantes mantiveram-se a certa distância da vedação.