Conteúdo sensível: violência extrema, violência sexual.
O país mais jovem do mundo, o Sudão do Sul, está à beira de uma guerra civil e observadores temem que os cristãos sejam novamente alvos de violência. O Sudão do Sul conquistou independência do Sudão em 2011, mas entrou em um conflito civil violento, que só terminou com um pacto de paz em 2018.
A derrubada de um helicóptero do exército em março, por um grupo de milícia no Alto Nilo, conhecido como Exército Branco, desencadeou a nova crise. O Alto Nilo é conhecido como uma região rica em petróleo, por isso, é alvo de disputas estratégicas de grupos paramilitares e do país vizinho, o Sudão. Forças de Apoio Rápido (RSF, da sigla também), um dos grupos que atuam no Sudão, é conhecido pela perseguição ativa contra cristãos.
Há indicações de que o exército sudanês esteja manipulando hostilidades étnicas para benefício estratégico em seu próprio conflito. Ademais, o ataque ao helicóptero provocou bombardeios contra civis em toda a região do Alto Nilo do Norte, causando queimaduras horríveis e mortes em massa de civis. Os principais aliados do vice-presidente Machar foram detidos e ele e a esposa foram colocados em prisão domiciliar. O presidente Kiir também solicitou a presença de tropas de Uganda no Sudão do Sul, complicando ainda mais a situação.
Uma ameaça aos cristãos
Observadores dizem que o presidente Kiir tem mostrado sinais de estar se aproximando da liderança paramilitar RSF no Sudão nos últimos meses. Cristãos presos na guerra civil do Sudão são alvo tanto das Forças Armadas Sudanesas quanto do RSF. O RSF é particularmente acusado de violência sexual em massa de mulheres cristãs sudanesas.
“Devemos notar a presença de outros atores armados operando independentemente das principais facções políticas; esses grupos podem explorar a instabilidade para aumentar a violência, incluindo o ataque a comunidades cristãs. O efeito combinado do colapso político e da violência oportunista poderia ameaçar gravemente a segurança e a sobrevivência dos cristãos no Sudão do Sul”, disse o analista da Lista Mundial da Perseguição 2025.
Por enquanto, parece que o Sudão do Sul está em um impasse político. O partido do vice-presidente diz que o acordo de paz está morto. O governo diz que não – apesar da detenção do vice-presidente Machar. Parece que a sobrevivência do acordo de paz dependerá de uma mediação eficaz.
“Quando o Sudão do Sul conquistou independência do Sudão em 2011, os cristãos se tornaram a maioria da população. Eles não enfrentavam mais a perseguição que experimentaram sob o ex-presidente, Hassan al Bashir. Agora, apelamos à comunidade internacional para fazer tudo ao seu alcance para ajudar na restauração da paz e segurança no Sudão do Sul e à igreja global para orar pela igreja no Sudão do Sul e pela região mais ampla do Leste da África, para que sejam agentes de paz e reconciliação”, diz a porta-voz da Portas Abertas da África Subsaariana.
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