Policiais israelenses e cidadãos palestinos se enfrentam nas ruas por possível expulsão de famílias palestinas de suas casas. Países europeus se unem pedindo a interrupção da expansão de assentamentos israelenses.
Nesta quinta-feira (6), França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido instaram Israel a interromper a construção de assentamentos na Cisjordânia ocupada, de acordo com a Reuters.
“Instamos o governo de Israel a reverter sua decisão de avançar na construção de 540 unidades de assentamento na área Har Homa da Cisjordânia ocupada, e a cessar sua política de expansão de assentamentos nos territórios palestinos ocupados”, disseram as nações europeias em comunicado conjunto citado pela mídia.
As tensões entre israelenses e palestinos, que já vêm elevadas desde o lançamento de foguetes a partir da Faixa de Gaza no final de abril, aumentaram em Jerusalém Oriental, antes de uma audiência que poderá resultar na expulsão de famílias palestinas de Sheikh Jarrah, um bairro onde colonos judeus apoiados por um tribunal israelense ocuparam algumas casas.
O tribunal determinou que algumas famílias devem deixar suas casas até o dia 1º de agosto. Ao todo, é esperado que 58 residentes, incluindo 17 crianças, sejam deslocados. A decisão causou uma série de conflitos nesta quinta-feira (6), resultando em 22 palestinos feridos, 15 presos e um adolescente morto.
De acordo com o comunicado conjunto entre os países, se implementada, a decisão de promover assentamentos em Har Homa, “causará mais danos às perspectivas de um Estado palestino viável”.
Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino, e a maioria dos países considera ilegais os assentamentos que Israel construiu na zona em questão. No entanto, Tel Aviv reivindica toda Jerusalém como sua capital, citando ligações bíblicas e históricas com a cidade.