Conforme dados de relatório oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), é estimado que a tendência crescente da fome na América Latina e no Caribe tenha cessado, mas 6,5% da população das regiões sofre com falta de alimento.
O relatório, intitulado Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutricional 2023, indicou, nesta quinta-feira (9), que 43,2 milhões de pessoas residentes da América Latina e do Caribe passam fome, apesar de o número ter parado de crescer nos últimos tempos.
“O novo relatório das Nações Unidas indica que 6,5% da população da América Latina e do Caribe sofre de fome, ou seja, 43,2 milhões de pessoas. Da mesma forma, a região registra níveis de sobrepeso e obesidade superiores à estimativa mundial, com 8,6% das crianças menores de 5 anos com excesso de peso”, diz o documento.
Os valores do déficit alimentar continuam acima dos de 2019, antes da pandemia de COVID-19.
“Embora esse valor represente uma ligeira melhora, de 0,5%, em relação à medição anterior, a prevalência da fome na região ainda está 0,9% acima dos registros de 2019, antes da pandemia”, especifica a carta.
Na América do Sul, o número de pessoas com fome caiu para 3,5 milhões entre 2021 e 2022, embora haja mais 6 milhões de pessoas subnutridas em comparação com o cenário pré-COVID-19.
Na América Central, 9,1 milhões (5%) de pessoas sofreram de fome em 2022, o que não representa qualquer variação significativa em relação à medição anterior.
Entretanto, no Caribe, 7,2 milhões de pessoas passaram fome em 2022, com uma prevalência de 16,3%. Ou seja, 700 mil pessoas a mais em comparação com 2021. Entre 2019 e 2022, o aumento foi de 1 milhão de pessoas, sendo o maior predomínio no Haiti.