Pela primeira vez, o aumento da temperatura global excedeu 1,5ºC graus durante um período de 12 meses, segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia (C3S).
Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira, 8, entre fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, o mundo registrou a média de temperatura global mais alta em um período de 12 meses, 1,52ºC. 2023 foi o ano mais quente do planeta nos registros desde 1850.
No ano passado, o mundo registrou tempestades, secas e incêndios devido às mudanças climáticas, assim como o fenômeno climático El Niño, que aquece as águas superficiais no Oceano Pacífico oriental.
No entanto, os cientistas afirmaram que o mundo ainda não ultrapassou permanentemente o limite de aquecimento de 1,5°C estabelecido no acordo climático de Paris, que é medido ao longo de décadas.
Alguns cientistas afirmaram que a meta do Acordo de Paris não pode mais ser realisticamente alcançada, mas ainda sim pressionam os governos a agir mais rapidamente para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), a fim de evitar ultrapassar o limiar.
Janeiro é o mês mais quente
O mundo também experimentou o seu janeiro mais quente, continuando uma série de calor excepcional, afirmou o C3S. O mês passado superou o janeiro mais quente anterior, que ocorreu em 2020, nos registros do C3S desde 1950.
O mês passado também marcou o lançamento de um novo satélite da agência espacial norte-americana, NASA, para mapear os oceanos e a atmosfera do mundo em nível de detalhe inédito. Com o novo equipamento, os cientistas esperam monitorar mais rapidamente os impactos do aumento das temperaturas.
Fonte: Exame.