O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al Jubeir, declarou que seu país trabalhará para adquirir suas próprias armas nucleares se o Irã as obtiver.
“Definitivamente é uma opção”, disse o diplomata em entrevista à agência alemã dpa, acrescentando que vários países seguirão o exemplo da nação persa caso obtenha essas armas.
“A Arábia Saudita deixou muito claro que fará todo o possível para proteger sua população e território”, disse ele.
Em 12 de novembro, o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, exortou a comunidade internacional a tomar “uma posição decisiva” ao lidar com as tentativas do Irã de desenvolver seus programas de mísseis balísticos e armas nucleares. Nesse contexto, o Ministério das Relações Exteriores iraniano encorajou Riade a se abster de “acusações infundadas e incitação ao ódio”.
O programa nuclear iraniano foi limitado pelo Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), que foi assinado em 2015 pelo Irã, Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha. Em 2018, o governo dos EUA anunciou que estava se retirando do acordo, alegando que Teerã havia violado suas obrigações sob o documento. Após essa etapa, o Irã anunciou que removeria os limites que o impedem de enriquecer urânio.