Armênia e Azerbaijão trocaram acusações nesta segunda-feira (7) sobre novos bombardeios na fronteira, antes de negociações em Washington que pretendem acabar com um conflito que provocou centenas de mortes nos últimos anos.
Os ministros das Relações Exteriores dos países rivais do Cáucaso ainda devem viajar aos Estados Unidos para negociações sob a mediação do secretário de Estado americano, Antony Blinken.
Há apenas uma semana, o primeiro-ministro armênio Nikol Pashinian e o presidente azerbaijano Ilham Aliyev se comprometeram a “não recorrer à força” na disputada região de Nagorno-Karabakh, durante uma reunião de cúpula organizada na Rússia com Vladimir Putin.
Mas na madrugada de segunda-feira, “unidades das Forças Armadas azerbaijanas abriram fogo (…) contra posições armênias no setor leste da fronteira”, afirmou o ministério armênio da Defesa em um comunicado, um incidente que não deixou vítimas.
O ministério azerbaijano da Defesa acusou as tropas armênias de atirar “com armas leves de diferentes calibres” contra posições de Baku, sem informar se o ataque provocou vítimas.
A fronteira entre Armênia e Azerbaijão é cenário frequente de confrontos. Em setembro, os combates entre os dois países deixaram 286 mortos e provocaram o temor de uma nova guerra, como a que deixou mais de 6.500 mortos em 2020.
O conflito está vinculado a disputas territoriais pela região montanhosa de Nagorno-Karabakh, um enclave de maioria armênia que se separou do Azerbaijão com o apoio de Yerevan no início dos anos 1990. Uma primeira guerra na época deixou mais de 30.000 mortos.
Desde a guerra de 2020, que terminou com conquistas territoriais do Azerbaijão e um cessar-fogo obtido com a mediação da Rússia, as duas ex-repúblicas soviéticas participam em negociações de paz complicadas, com várias iniciativas paralelas.
Fonte: AFP.