Numa conferência realizada esta manhã relacionada com o desenvolvimento económico e regional dos Montes Golã, capturados à Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o atual primeiro-ministro israelita Naftali Bennett afirmou que os Montes Golan fazem parte de Israel, e que isso não é mais assunto para discussão. Bennett avançou ainda a informação de que o Irã aspira a construir um exército na fronteira síria com Israel, avisando o Irão de que não pode continuar a entricheirar-se naquela zona sensível que separa os dois países.
Apesar de Israel considerar os Montes Golã como território integrante do país, apenas os EUA reconhecem essa soberania.
Na sua intervenção, Bennett avisou o Irã: “Continuaremos a agir quando e sempre que necessário, por iniciativa própria, e numa base diária, visando empurrar a presença do Irã na Síria. Eles não têm nada lá que lhes diga respeito.” E Bennett acrescentou: “A aventura (iraniana) na nossa fronteira Norte tem de acabar. Assim, não só iremos assegurar a paz para os residentes dos Montes Golã, mas de todos os cidadãos de Israel.”
Bennett afirmou ainda que a soberania de Israel sobre os Montes Golan nada tem a ver com a atual situação na Síria: “Gostaria de clarificar algo: a nossa posição em relação aos Montes Golã não está ligada à situação na Síria. Os horrores que têm tido lugar na Síria podem fazer parecer que seria preferível para os Golã prosperarem sob administração de Israel, em vez de se tornarem em outro palco para mortes e bombardeamentos.”
“Mas mesmo na situação – que poderia acontecer – de o mundo mudar a sua direção em relação à Síria, ou ao regime de Assad, isso não tem ligação aos Montes Golã nem à soberania de Israel sobre a região.”
Bennett prometeu ainda duplicar, se não até quadruplicar a população israelita na região. Para esse efeito, o governo irá aprovar dentro de seis semanas um plano nacional para os Montes Golã que incluirá investimento em desenvolvimentos, infraestruturas, negócios e energias renováveis.
O plano de Bennet é que a região seja habitada por cerca de 100.000 residentes contra os atuais 27.000.
“Estamos atualmente trabalhando para completar o plano que mudará a face dos Montes Golan” – concluiu o ministro.