O presidente norte-americano Donald Trump teria algo em comum com a morte de Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, proeminente cientista nuclear iraniano, segundo a mídia britânica.
O jornal The Guardian disse no domingo (29) que o assassinato do cientista iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi foi parte de uma operação terrorista provavelmente orquestrada por agentes israelenses, e com aprovação do presidente dos EUA, Donald Trump.
O novo relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o qual fala sobre o aumento das reservas de urânio do Irã, teria sido visto pelo presidente norte-americano como uma ameaça. Isso teria tentado convencer seus assessores a escolher um ataque militar, mas eles se recusaram.
“Nenhum líder israelense, e nem mesmo um tão irresponsável como Benjamin Netanyahu, faria um movimento tão perigoso sem antes esclarecê-lo com Washington”, opina o diário.
Nesse sentido, The Guardian destaca vários casos de cooperação entre o Washington e Tel Aviv em alguns atos de sabotagem que tiveram como objetivo minar a situação do Irã durante os últimos anos, acrescentando que foi o próprio Trump quem ordenou o assassinato do comandante do Corpo Revolucionário da Guarda Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês), Qassem Soleimani, em Bagdá, no Iraque.
Qualquer um dos incidentes têm a natureza de “um ato extraordinariamente provocativo” que visa envolver o país persa em uma guerra local contra Israel, Arábia Saudita e os EUA, e “é equivalente a uma declaração de guerra”.
Além disso, Trump “deu um tiro no pé” e “aumentou as tensões na região” após sair do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em 2018, alegando uma quebra do acordo por parte do Teerã, sem apresentar provas, e impondo cada vez mais sanções ao país.