Embaixada israelense escreve cartas para líderes da Organização das Nações Unidas (ONU) solicitando que a organização reconheça o Irã como responsável “pelo ataque e por desestabilizar a região”.
Na terça-feira (2), o embaixador de Israel, Gilad Erdan, pediu à ONU que condenasse o Irã pela explosão que ocorreu em um navio israelense no golfo de Omã na quinta-feira (25), segundo o Times of Israel.
Em cartas enviadas a António Guterres, secretário-geral da ONU, e à embaixadora dos EUA na organização, Linda Thomas-Greenfield, Erdan requisita que o ataque seja condenado e responsabilizado pelo Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
“O IRGC anexou um dispositivo explosivo ao navio que causou graves danos, forçando a embarcação a retornar ao porto de Dubai para garantir a segurança da tripulação”, escreveu o embaixador citado pela mídia.
O diplomata israelense instou o Conselho de Segurança da ONU a condenar o Irã por violar os direitos internacionais e “responsabilizar o regime iraniano por este ataque e por desestabilizar a região”. Ele também enfatizou que Israel tomará “todas as medidas necessárias” para proteger seus cidadãos e sua soberania, segundo a mídia.
“Esses e outros ataques terroristas no mar patrocinados pelo Irã não só colocam em risco a segurança do transporte marítimo internacional […], mas também constituem violações flagrantes e repetidas da Carta das Nações Unidas e das Resoluções do Conselho de Segurança da organização” disse o embaixador.
Também na terça-feira (2), Israel realizou seu primeiro contato telefônico com a nova embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield. Gilad Erdan publicou em seu Twitter que os dois haviam conversado sobre pautas ligadas ao combate às mudanças climáticas, violência doméstica, expansão da paz regional, entre outras.
Tive uma ótima ligação hoje com Linda Thomas-Greenfield – a primeira de muitas, sem dúvida! Discutimos as questões críticas em ambas agendas: combate às mudanças climáticas, racismo e violência doméstica, bem como trabalhar para expandir os acordos de paz regionais e ver mudanças reais na ONU.
A carta de Erdan vem um pouco antes do ministro da Defesa, Benny Gantz, declarar no mesmo dia que há planos israelenses para desenvolver um “acordo especial de segurança” com aliados no golfo Pérsico que compartilham pensamentos comuns sobre o Irã.
Teerã rejeitou as acusações negando seu envolvimento na explosão do navio e disse estar “monitorando de perto” as ações israelenses no golfo de Omã.