O ativista norte-americano Shaun King escreveu no Twitter que estátuas representando Jesus Cristo são uma “forma de supremacia branca” e que devem ser destruídas. King é um dos fundadores da organização Real Justice PAC e apoiador do movimento “Black Lives Matter”.
Nas últimas semanas, algumas estátuas — principalmente aquelas ligadas a personagens escravagistas ou de passado colonial dos países — foram derrubadas ou pichadas por manifestantes nos EUA e em outros lugares do mundo.
Em uma série de posts na rede social, King declarou que “estátuas do europeu branco que eles alegam ser Jesus também devem ser derrubadas”.
“Elas são uma forma de supremacia branca. Sempre foram. Todos os murais e vitrais de Jesus branco, sua mãe europeia e seus amigos brancos também deveriam acabar. Eles são uma forma grosseira de supremacia branca. Criados como ferramentas de opressão. Propaganda racista”, completou.
O ativista também declarou que “Jesus ser branco é uma mentira” e “uma ferramenta de supremacia branca criada para ajudar os brancos a usar a fé como uma ferramenta de opressão”.
As ações de protesto ocorrem diante das demandas de ativistas antirracismo de diversos países para derrubar monumentos que homenageiam nomes históricos importantes, mas que tiveram participação principalmente no colonialismo ou tráfico de escravos.
Reações
King recebeu diversas mensagens rebatendo sua visão, inclusive de Jenna Ellis, consultora jurídica do presidente Donald Trump. Ela defendeu sua fé e vontade de defender o cristianismo.
“Se eles tentarem cancelar o cristianismo, se tentarem me forçar a pedir desculpas ou renunciar à minha fé, eu não dobrarei, não vacilarei, não quebrarei. Em Cristo, a rocha sólida em que estou. E tenho orgulho de ser americana.”
Outras pessoas comentaram que a ideia de King de querer derrubar uma representação de Jesus não deixa de ser uma forma de racismo.
“Há uma longa e bela história de pessoas retratando Jesus parecendo familiar com seu lugar e cultura. Jesus não tem a ver com raça, e dizer que derrubar representações que ocorrem em um contexto dominante na Europa é tão racista quanto removê-las de qualquer cultura”, respondeu um usuário.
Fonte: UOL.