O vice-presidente iraniano e presidente da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohammad Eslami, afirmou neste domingo (16) que o primeiro local nuclear iraniano atacado por Israel foi uma fábrica que produzia combustível para um reator de pesquisa nuclear, em Teerã, do qual somente a AIEA tinha conhecimento.
“O primeiro local atacado por Israel foi a fábrica que produzia combustível para o reator de Teerã. […] A Agência Internacional de Energia Atômica tinha informações sobre isso. Tínhamos uma sala para testes naquele prédio, equipada com a ajuda da AIEA, e foi exatamente essa sala que foi atacada. Como um ataque tão preciso poderia ter sido realizado, a não ser por meio do uso indevido de informações da AIEA?”
O reator de pesquisa nuclear, para o qual o combustível da fábrica era utilizado, tem fins pacíficos, como a produção de medicamentos radioativos para hospitais, acrescentou o ministro.
Sistema de mísseis Arman com mísseis Sayyad-3 em uma foto do Ministério da Defesa iraniano durante uma cerimônia de inauguração em território iraniano não revelado, 17 de fevereiro de 2024 – Sputnik Brasil, 1920, 13.11.2025
Em 13 de junho, Israel lançou uma operação militar contra o Irã, visando instalações nucleares, comandantes militares, físicos nucleares proeminentes e bases aéreas, após acusar o país de manter um programa nuclear militar secreto. O Irã rejeitou as acusações. Durante 12 dias, houve troca de ataques, aos quais se juntaram os Estados Unidos, que atingiram instalações nucleares iranianas em 22 de junho.
Teerã retaliou atacando a base aérea americana de Al Udeid, no Catar, e anunciou que não tinha intenção de intensificar ainda mais o conflito. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em 23 de junho que Israel e Irã haviam concordado com um cessar-fogo para encerrar “a guerra de 12 dias”.
