Aviões de guerra chineses invadiram o espaço aéreo de Taiwan no estreito que separa a ilha da China continental neste domingo (11). Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa da ilha afirmou que quatro navios de guerra chineses também realizavam patrulhas de combate.
O governo taiwanês informou que sua força aérea entrou em estado de prontidão após os aviões terem sido vistos sobrevoando perto do território da ilha.
Esta é a segunda vez em menos de uma semana que Taiwan relata nova atividade militar chinesa, após o voo de 37 aeronaves militares chinesas nesta quinta-feira (8) para a zona de defesa aérea da ilha, algumas das quais rumo ao oeste do Pacífico.
A China, que vê Taiwan como uma “província rebelde” e, portanto, parte de seu território, enviou nos últimos três anos, sua força aérea para os céus próximos à ilha, embora não para o espaço aéreo territorial de Taiwan.
Em comunicado, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que detectou neste domingo, a partir das 14h (no horário local), 24 aviões da força aérea chinesa, incluindo caças J-10, J-11, J-16 e Su-30, bem como bombardeiros H-6.
O ministério não especificou para onde a aeronave voou, mas disse que 10 cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, que separa os dois lados e já havia servido como uma barreira não oficial. A China diz que não reconhece isso e o cruza frequentemente desde o ano de 2022.
Também quatro navios da marinha chinesa estavam envolvidos em “patrulhas conjuntas de prontidão de combate”, acrescentou o órgão governamental, sem dar detalhes.
Taiwan foi o refúgio dos partidários de Chiang Kai-Shek quando estes foram derrotados na guerra civil pelas forças comunistas lideradas por Mao Tse-Tung, em 1949, que ocuparam toda a China continental. Desde então, a ilha de Taiwan possui um regime democrático e uma economia de mercado.
Fonte: Terra.