O Azerbaijão acusou neste domingo (4) as forças armênias de atacarem alvos civis, incluindo as cidades de Tartar, Horadiz e Ganja, que é a segunda maior do Azerbaijão. Já as autoridades da região separatista de Nagorno-Karabakh afirmaram que destruíram um aeroporto militar em Ganja.
“A Armênia lançou foguetes contra Ganja. As forças armênias atacam deliberadamente as cidades de Tartar e Horadiz com artilharia pesada e sistemas de foguetes. Também houve ataques com foguetes contra cidades nas regiões de Fuzuli e Jabrail”, disse o assessor do presidente do Azerbaijão Hikmet Hajiyev. De acordo com ele, “vários civis foram mortos ou feridos como resultado dos ataques”.
Hajiyev afirmou que nos últimos dias a Armênia lançou mais de 10 mil projéteis de vários tipos contra áreas densamente povoadas, causando graves danos a mais de 500 domicílios.
O funcionário governamental sublinhou a necessidade de distinguir entre militares e civis durante o confronto.
“Os ataques armênios em grande escala contra as aldeias do Azerbaijão sem necessidade militar de qualquer tipo não são casuais. Os ataques sistemáticos da Armênia são testemunho de que se tratou de um plano preparado com antecedência e incluído no programa de preparação de combate do Exército armênio”, alegou Hajiyev.
Os últimos acontecimentos marcam uma forte escalada da guerra que eclodiu há uma semana no sul do Cáucaso.
Até agora, o principal foco de confronto havia sido entre o Azerbaijão e Nagorno-Karabakh, um enclave étnico armênio situado dentro do Azerbaijão. Mas agora existe a ameaça de o conflito se transformar em uma guerra direta com a própria Armênia.
“O Azerbaijão destruirá alvos militares diretamente dentro da Armênia, de onde está ocorrendo o bombardeio de seus centros populacionais”, alertou Hajiyev.
A Armênia negou ter direcionado fogo “de qualquer tipo” contra o Azerbaijão. O líder de Nagorno-Karabakh disse que suas forças miraram uma base aérea militar em Ganja, mas depois parou a incursão, visando de evitar vítimas civis.