No início desta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, teria feito uma chamada privada para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Conforme reporta o The New York Times, nessa chamada Biden teria avisado que Washington tem um limite diplomático para cobrir as ações conduzidas pelo Estado hebraico contra o Hamas na Faixa de Gaza.
No seguimento da conversa, na quarta-feira (19), o secretário de Estado americano Antony Blinken e o chanceler israelense Gabi Ashkenazi também se engajaram em conversações sobre o conflito em curso na região.
Ashkenazi informou que Tel Aviv apenas necessita de poucos dias para completar suas operações militares em Gaza, algo a que o seu homólogo respondeu que estas devem ser terminadas com urgência. Afinal, os EUA estão ficando sem fundamentos para continuar apoiando Israel ante a ONU, explica a plataforma Axios.
“O secretário [de Estado] observou que os EUA permanecerão em contato com Israel, a Autoridade Palestina e as partes interessadas regionais nos próximos dias, e reforçou a mensagem de que os EUA esperam ver uma redução de tensões no caminho para um cessar-fogo”, comunicou o Departamento de Estado americano.
Há décadas que a Palestina e Israel se encontram em conflito, porém, a recente escalada de confrontos teve seu início em 8 de maio em Jerusalém Oriental, ainda durante o Ramadã, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) forçaram várias famílias palestinas a abandonarem suas casas. Desde então, o Hamas tem lançado centenas de foguetes contra Israel, e este tem bombardeado centenas de alvos na Faixa de Gaza com mísseis e artilharia.
Os recentes confrontos entre israelenses e palestinos preocupam a comunidade internacional, pois a violência e destruição já levaram mais de duas centenas de vidas.