O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, assegurou este sábado que tanto Teerão como as potências mundiais estão “muito perto” de acordar os termos para reativar o acordo nuclear de 2015 com o Irão, recolhe a Reuters.
“Agora estamos muito perto de um acordo e espero que seja possível”, disse Borrell durante sua participação na conferência internacional do Fórum de Doha (Qatar), confirmando posteriormente aos jornalistas que acredita que será “uma questão de dias”. para que todas as partes envolvidas cheguem a um acordo.
De acordo com a opinião de especialistas consultados pela agência, se os esforços para reativar o acordo falharem, dois cenários podem se desenvolver. A primeira é que ocorre um conflito na região, e a segunda é a aplicação de sanções mais duras pelas potências ocidentais contra o Irã, além de um aumento nos preços do petróleo, que continuam subindo em parte devido à situação na Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, declarou neste sábado que o levantamento das sanções dos Estados Unidos ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica está entre as principais demandas do Irã para realizar negociações para reativar o acordo, acrescentando que altos funcionários da Guarda Revolucionária disseram que o acordo não deve ser adiado pelas sanções aplicadas contra eles, caso o acordo ajude os interesses da república islâmica.
Amirabdollahian disse quinta-feira durante uma conferência realizada em Beirute (Líbano) que “se os Estados Unidos forem pragmáticos, um acordo nuclear pode ser alcançado no curto prazo”.
Em 2015, Irã, EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha assinaram o pacto JCPOA, que estabeleceu limites ao programa nuclear de Teerã em troca do levantamento de medidas punitivas. Três anos depois, o então presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o tratado e reimpôs sanções econômicas contra a república islâmica.