As consequências do bombardeio liderado pelos Estados Unidos na antiga Iugoslávia com munições de urânio empobrecido ainda são sentidas na Bósnia e Herzegovina, disse o embaixador da Bósnia na Rússia, Zeljko Samardzija, na sexta-feira (15).
A Bósnia e Herzegovina se opõe ao uso de projéteis de urânio empobrecido, afirmou o embaixador.
“Nossa posição [sobre as munições] é absolutamente clara – 30 anos se passaram desde o bombardeio da Iugoslávia com munições de urânio [empobrecido], e ainda estamos sentindo as consequências do uso dessa arma. Nossos cidadãos continuam morrendo hoje, e novos cidadãos, crianças, nascem deficientes – essas são as consequências do bombardeio com tais munições”, disse Samardzija aos repórteres.
“Somos um país pequeno e não somos consultados com frequência, no entanto, gostaríamos de expressar nossa opinião, que é a seguinte. Infelizmente, tivemos uma experiência muito ruim e sentimos plenamente as consequências desses projéteis”, de acordo com ele.
Quando perguntado se a munição de urânio empobrecido é muito mais prejudicial do que a munição convencional, o embaixador respondeu da seguinte forma: “Absolutamente”, explicando que seus efeitos afetariam muitas gerações futuras.
Em 6 de setembro, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou um novo pacote de ajuda militar de US$ 175 milhões (cerca de R$ 870,7 milhões) para a Ucrânia que inclui munições de urânio empobrecido para tanques Abrams, bem como equipamento de defesa antiaérea e munições de artilharia de 155 mm.