Os governos do Brasil, da Argentina, do Chile e do México divulgaram nesta sexta-feira um comunicado em que afirmam ver com preocupação a expansão de assentamentos israelenses no território palestino da Cisjordânia, ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Os quatro países alertaram que a decisão, além de ferir o direito internacional, tende a aumentar o clima de tensão entre israelenses e palestinos na região.
“Essas medidas unilaterais constituem graves violações do Direito Internacional e das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, especialmente a resolução 2.334 (2016), além de contribuir para elevar as tensões atuais”, diz um trecho da nota conjunta.
Na nota, é feito um apelo para que israelenses e palestinos se abstenham de atos e provocações que possam promover nova escalada de violência. O texto pede que as negociações entre as partes sejam retomadas, para que se alcance uma solução pacífica para o conflito.
“Nossos governos expressam oposição a qualquer ação que comprometa a viabilidade da solução de dois Estados, na qual Israel e Palestina possam compartilhar fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente, respeitando as legítimas aspirações de ambos os povos de viver em paz”, diz o comunicado.
No último domingo, o governo de Israel informou que legalizaria nove postos avançados (“outposts”) e construiria 10 mil casas em assentamentos existentes na Cisjordânia. As Chancelarias de Alemanha, França, Estados Unidos, Itália e Reino Unido reagiram de forma contrária, advertindo que as medidas iriam exacerbar a crise entre Israel e os palestinos, que já vem se agravando nas últimas semanas.