Caças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foram acionados neste sábado (13) devido a uma ameaça de ataque de drones russos na fronteira da Ucrânia com a Polônia.
O incidente ocorreu apenas três dias depois de as forças polonesas terem derrubado aviões não tripulados atribuídos a Moscou em seu próprio espaço aéreo, caso que ativou temores de uma guerra generalizada na Europa.
“Devido à ameaça representada pelos drones russos que operam sobre a Ucrânia, perto da fronteira com a Polônia, foram iniciadas operações preventivas das forças aéreas polonesas e aliadas em nosso espaço aéreo”, disse o premiê Donald Tusk nas redes sociais.
Pouco depois, o primeiro-ministro esclareceu que a “ameaça” tinha sido “evitada” e agradeceu aos envolvidos na operação, mas pediu que todos “permaneçam em alerta”. O aeroporto da cidade de Lublino, na fronteira ucraniana, chegou a ser fechado devido ao alarme.
Também neste sábado, o Ministério da Defesa da Romênia, outro país-membro da Otan, declarou que um drone violou seu espaço aéreo durante um ataque da Rússia contra infraestruturas na Ucrânia.
Segundo a pasta, caças “detectaram” uma aeronave não tripulada “no espaço aéreo nacional” e a seguiram até que “desaparecesse dos radares”, perto do vilarejo de Chilia Veche, na divisa ucraniana.
O drone “não sobrevoou áreas povoadas nem representou uma ameaça iminente para a segurança da população”, ressaltou o ministério, acrescentando que iniciará uma busca por eventuais destroços da aeronave.
Há apenas três dias, a Polônia denunciou uma “violação sem precedentes” de seu espaço aéreo por parte da Rússia, que negou que tivesse o país como alvo.
Em resposta, a Otan lançou a operação “Sentinela Leste”, que prevê o reforço do contingente no flanco oriental da aliança militar.
Fonte: ANSA.