A Argentina está sendo atingida por um surto de dengue que pode superar o último que o país sofreu em 2020, o que se tornou motivo de preocupação para o governo.
“O que se observa epidemiologicamente é que cada surto que acontece a cada três ou quatro anos é maior que o anterior e é isso que estamos vendo na Argentina: estamos igualando o surto de 2020 e ainda temos algumas semanas pela frente com um aumento de o número de casos”, afirmou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, em entrevista à Rádio 10.
Segundo o mais recente Boletim Epidemiológico Nacional, até 1º de abril foram registrados 28.235 casos de dengue. Na semana anterior, esse número era de 16.143 casos, mostrando a rapidez com que a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti está se espalhando.
Por enquanto, são 14 mortes desde o início da temporada , em 31 de agosto.
“Estamos a trabalhar arduamente com uma campanha de prevenção e medidas de controlo. Temos de evitar a proliferação das larvas, que é onde nascem os mosquitos e se sustenta o vector da doença”, afirmou o ministro.
A Argentina é um dos países do Cone Sul que, após o fim do verão, fica em alerta para o aumento de casos e mortes por doenças como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
Um relatório recente publicado pela revista científica The Lancet alerta que as mudanças climáticas e suas consequentes ondas de calor na região produziram um aumento de 35% nos casos de dengue no período 2012-2021, em comparação com 1951-1960.