A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) informou que a pessoa diagnosticada com a doença teve contato próximo com aves infectadas na Inglaterra.
A contaminação aconteceu após dias de contato com aves infectadas que a pessoa mantinha próximo de sua residência. A UKHSA testou os familiares e pessoas próximas ao morador infectado e não registrou nenhum outro caso.
De acordo com reportagem do The Independent, o caso já foi comunicado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda não foi identificada qual é a variante que infectou o cidadão britânico.
“Enquanto o risco de gripe aviária é muito pequeno para o grande público, nós sabemos que algumas variantes possuem o potencial de se espalhar entre humanos e por isso temos um robusto sistema de saúde capaz de detectá-las e agir rapidamente. […] Por enquanto, não existe evidência que essa variante detectada no Reino Unido seja transmissível entre pessoas, mas sabemos que os vírus evoluem rapidamente e por isso monitoramos a situação de perto”, explicou a chefe do gabinete científico da UKHSA, Isabel Oliver.
A infecção foi descoberta em exames de monitorização de rotina da UKHSA. As aves encontradas com o vírus foram abatidas.
A veterinária chefe do Reino Unido, Christine Middlemiss, informou que a gripe aviária é muito contagiosa entre as aves, mas também muito específica e normalmente relacionada a circunstâncias das localidades onde são encontrados os animais.
Em dezembro do ano passado, Middlemiss fez um comunicado sobre o grande número de aves contaminadas em áreas rurais. Em novembro, o governo britânico começou a realizar quarentenas de aves em fazendas com registro de contaminações.
Mesmo com o surto entre aves, as autoridades do Reino Unido defendem que não existe motivo para alarmar a população, ou para se preocupar com a contaminação de alimentos.
“A infecção em humanos só acontece quando a pessoa entra em contato com aves contaminadas, normalmente mortas. Quem sofre risco são os produtores que realizam o descarte de animais mortos durante um surto. […] Independente do atual estado de preocupação em volta de diferentes vírus, não existe risco para a carne de frango ou ovos e não há necessidade de alarme público”, explicou o virologista da Universidade de Reading, Ian Jones, em entrevista ao The Independent.