As crianças famintas do Sudão estão reduzidas a “pele e ossos”, e milhares de famílias presas pela guerra correm o risco de morrer de fome em uma cidade cercada do oeste do país, alertou a ONU nesta terça-feira (5).
Fomes
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou categoricamente no domingo as alegações de fome na Faixa de Gaza, descartando tais relatos como “uma mentira descarada”.
A desnutrição na Faixa de Gaza, especialmente entre crianças, atingiu níveis muito graves neste mês, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A crescente crise alimentar em Cuba está afetando severamente as comunidades cristãs, que enfrentam escassez extrema e inflação crescente.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) das Nações Unidas declarou nesta sexta-feira (30) que a Faixa de Gaza é o “lugar onde há mais fome no mundo”, onde “100% da população corre risco de passar fome”.
A fome aguda afetou 295 milhões de pessoas de 53 países em 2024, um recorde, principalmente devido aos conflitos, e as perspectivas para 2025 não são muito animadoras com a redução da ajuda internacional, segundo um relatório publicado nesta sexta-feira (16).
As agências da ONU para alimentos e refugiados planejam cortes profundos devido a uma queda sem precedentes no financiamento, incluindo do antigo principal doador, os Estados Unidos, segundo memorandos internos enviados às equipes, levantando questões sobre como manter o alívio da fome.
“Ela não pôde dizer suas últimas palavras. Estava morta quando foi levada”, conta Hafiza calmamente, enquanto descreve como a mãe foi morta em uma cidade sitiada em Darfur, durante a guerra civil do Sudão, que começou há exatamente dois anos.
A variabilidade climática e eventos climáticos extremos rondam pelo menos 20 países latino-americanos e aumentam o risco de fome e desnutrição na região, de acordo com um estudo de várias agências da ONU publicado nesta segunda-feira.
Em meio ao aumento do número de pessoas que enfrentam a fome, as principais potências mundiais reduziram as doações que fornecem anualmente à ONU, fazendo com que milhões de pessoas fiquem sem ajuda.