Fomes

Galhos de espinhos cortados cercam dois montes de terra empilhados sobre os corpos minúsculos das netas gêmeas de Halima Hassan Abdullahi. Os bebês Ebla e Abdia viveram apenas um dia.

A organização humanitária internacional Ação Contra a Fome informou na sexta-feira que registrou o nível mais alto de desnutrição infantil grave na Somália desde que começou a operar no país da África Oriental há três décadas.

Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, o banco central britânico,  alertou  para a “grande preocupação” que o aumento dos preços dos alimentos representa para o Reino Unido e outros países.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância alertou nesta terça-feira para o número “catastrófico” de crianças gravemente desnutridas no mundo devido às consequências da pandemia e do conflito armado na Ucrânia, entre outras causas.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, chamou a atenção para a “crise de insegurança alimentar global”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta quarta-feira que está profundamente preocupado com o risco de generalização da fome, uma vez que a guerra na Ucrânia ameaça a segurança alimentar em diferentes partes do mundo.

A ONU publicou um relatório na segunda-feira  em que alerta para a preocupante insegurança alimentar que em algumas partes do Afeganistão está sendo descrita como uma “catástrofe” humanitária .

Um relatório publicado pelas Nações Unidas nesta quarta-feira (4) mostra que a guerra na Ucrânia terá “impactos dos mais devastadores” na crise alimentar do mundo, especialmente, nas nações que mais sofrem com a carestia.

Mesmo antes da guerra na Ucrânia, a insegurança alimentar aguda afetou quase 40 milhões de pessoas a mais em 2021, alcançando quase 200 milhões no mundo, devido aos conflitos, ao clima e à crise econômica, advertiu a ONU nesta quarta-feira (4) em um relatório.

A crise ucraniana pode levar fome a mais de um quinto da humanidade, cerca de 1,7 bilhão de pessoas, alertou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, neste domingo (17).