Fomes

A Rússia foi acusada nesta terça-feira (29) na ONU de causar uma “crise alimentar mundial” que poderia levar a uma situação de “fome” ao atacar a Ucrânia e desencadear uma guerra entre duas potências produtoras de grãos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que a crise alimentar pela qual o Sudão está passando se agravará nos próximos meses até que a população que enfrenta a fome dobre.

Citando temores de uma possível escassez de alimentos em meio à crise na Ucrânia, o ministro dos Transportes de Israel instruiu que os navios de carga que importam grãos e ração animal tenham prioridade para descarregar nas docas do porto no próximo mês.

Em entrevista na terça-feira ao Politico, David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU, alertou que…

O diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU, David Beasley, detalhou em entrevista ao Politico, publicada nesta terça-feira, que o recente conflito entre a Rússia e a Ucrânia causou um aumento nos preços dos alimentos em todo o mundo, o que pode gerar problemas políticos e sociais em países pores afetados pela interrupção do fornecimento de alimentos.

Do pão em São Paulo, ao supermercado nas grandes capitais europeias, passando pelo interior da África, a guerra na Ucrânia ameaça elevar os preços de alimentos pelo mundo.

Os tanques e mísseis russos que cercam a Ucrânia também estão ameaçando o abastecimento de alimentos e os meios de subsistência de pessoas na Europa, África e Ásia que dependem das vastas e férteis terras agrícolas da região do Mar Negro – conhecida como o “celeiro da o mundo.”

O aumento dos custos de energia, interrupções na cadeia de suprimentos e o mau tempo estão ameaçando o suprimento de alimentos do mundo. Uma diminuição da oferta de alimentos inevitavelmente aumentará o custo dos alimentos básicos. 

Especialistas globais observaram que a China vem acumulando os principais tipos de grãos e que, no próximo ano, a maior parte do suprimento mundial de alimentos estará em armazéns chineses. 

As forças rebeldes da região do Tigray estão vencendo a guerra que irrompeu um ano atrás no norte da Etiópia.