China x Taiwan

Representante de Pequim na ONU diz que país não descarta ação para disseminar o potencial separatista na ilha, mas que uso de armas nucleares “não está na agenda”

A viagem de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a Taiwan nesta terça-feira (2) gerou um aumento nas tensões entre os EUA e a China.

” Deixe-os se preparar para a guerra !” , compartilhou o 80º Grupo do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) na rede social Weibo na sexta-feira em meio à escalada das tensões no Estreito de Taiwan.

Fontes indicaram ao jornal Financial Times que se a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA a Taiwan for cancelada, a segurança da ilha será minada, mas também não veem como evitar isso.

Um alto funcionário da Guarda Nacional dos EUA apontou o Indo-Pacífico como um “teatro muito importante neste momento”, onde será iniciada metade dos novos programas de treinamento do ramo militar.

Taiwan realizou exercícios de ataque aéreo nesta segunda-feira, 25, e seus militares foram mobilizados para manobras defensivas de rotina, coincidindo com as preocupações sobre uma resposta chinesa a uma possível visita à ilha pela presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

A China exige que Washington cancele o seu plano de venda de armas a Taipé e rompa quaisquer contatos militares com a ilha, senão a responsabilidade pela destruição da paz e estabilidade em Taiwan caberá por completo aos Estados Unidos, afirmou na segunda-feira (18) o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Tan Kefei.

Após reiterados avisos do governo chinês, os EUA aprovaram uma possível venda de assistência militar a Taiwan.

Pequim instou os EUA a deixarem de apoiar Taipé e cumprirem o princípio de Uma Só China e os comunicados conjuntos sino-americanos, de forma a não apoiar as “forças separatistas da ‘independência de Taiwan'”.

A OTAN deve acabar com suas declarações provocativas contra a China, afirmou na terça-feira (28) durante uma coletiva de imprensa o representante oficial do MRE chinês Zhao Lijian, ao comentar as informações da mídia sobre os planos da aliança de chamar a China de “desafio sistemático” em seu novo conceito estratégico.