O presidente chinês Xi Jinping instruiu a sua Guarda Costeira a fortalecer suas atividades para afirmar a soberania sobre as ilhas do leste da China, informou a agência de notícias japonesa Kyodo neste sábado (30).
Pequim planeja manter seus navios perto das ilhas – chamadas de Senkaku no Japão e Diaoyu na China – por 365 dias em 2024, segundo a mídia. As ilhas são controladas por Tóquio, mas também reivindicadas pelos chineses.
O líder chinês comentou sobre uma disputa bilateral sobre as ilhas na sexta-feira (29) dizendo: “Só podemos avançar, não retroceder. Nunca deixaremos que seja tomado nem um milímetro do nosso território”, afirmou Xi.
Em 14 de dezembro, o número anual de dias em que navios chineses foram avistados perto das ilhas pelo Japão ultrapassou o recorde anterior de 336, relatado em 2022.
A disputa sobre as Diaoyu tem sido uma fonte de atrito de longa data entre os dois vizinhos asiáticos. Desde que o Japão colocou as ilhas sob seu controle estatal em setembro de 2012, os navios da Guarda Costeira chinesa rondaram repetidamente as águas japonesas perto delas.
Xi Jinping também fez declarações sobre a política externa do país e disse a seus embaixadores reunidos na capital chinesa na sexta-feira (29) que forjem um “Exército diplomático de ferro” revivendo a retórica abrasiva do “lobo guerreiro” propagada por alguns diplomatas como um sinal da política externa cada vez mais assertiva da China.
O líder também mencionou a “intimidação” e a “hegemonia” do Ocidente, instando diplomatas e funcionários a “levar adiante o nosso espírito de luta”, segundo a agência Reuters.
O presidente enfatizou a necessidade de Pequim aumentar a sua influência internacional para combater o que ele acredita serem as tentativas do Ocidente de conter e suprimir a China, repetindo a palavra “luta” cinco vezes.
“Ouse ser bom na luta e tornar-se defensor do interesse nacional. É necessário […] assegurar resolutamente os interesses da soberania nacional, segurança e desenvolvimento com uma postura de prontidão e uma vontade firme para desafiar poderes fortes”, afirmou.