O porta-voz do Itamaraty, Zhao Lijian, apreciou nesta segunda-feira em entrevista coletiva a recente abertura de um escritório de representação de Taiwan na Lituânia e afirmou que o país báltico enfrentará as consequências se continuar a se desviar do princípio de uma China.
Segundo Zhao, a Lituânia “desviou-se completamente do compromisso político” assumido por Vilna após o estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. Por outro lado, ele defendeu a integridade territorial e a soberania nacional da China como um ato de “justiça”.
“A traição da Lituânia e sua posição no lado oposto da justiça não vão terminar bem“, disse Zhao. “Certas pessoas e certas forças na Lituânia insistem em lutar com os separatistas em favor da ‘independência de Taiwan’ e acabarão sendo arrastados para a lata de lixo da história se caminharem para as trevas”, acrescentou o porta-voz chinês.
O ‘escritório de Taiwan’
As relações bilaterais entre a China e a Lituânia deterioraram-se depois que o país báltico autorizou a abertura de um escritório de representação taiwanês em Vilnius em julho passado, cuja inauguração em 18 de novembro atraiu fortes críticas de Pequim. Ao contrário de outras missões diplomáticas de Taiwan na Europa e nos Estados Unidos, que são chamadas de ‘escritórios em Taipei’ para evitar uma referência direta à ilha, o escritório em Vilnius leva o nome do Escritório de Representação de Taiwan na Lituânia.
Em resposta, a China retirou seu embaixador em Vilnius e declarou o embaixador da Lituânia em Pequim como persona non grata. Em novembro, após a abertura do escritório de representação, a China rebaixou as relações diplomáticas com a Lituânia ao nível de encarregado de negócios, um degrau abaixo do embaixador.
Por sua vez, a Lituânia retirou-se em dezembro, sem notificação prévia a todo o pessoal da sua missão diplomática em Pequim.