A China intensificou a modernização de seu local de testes nucleares na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no oeste do país, onde detonou sua primeira bomba atômica em 1964, de acordo com imagens de satélite e análises de especialistas citadas pelo The Washington Post. Analistas acreditam que essas medidas visam não apenas aproximar a China dos arsenais dos EUA e da Rússia, mas também fortalecer sua dissuasão nuclear em caso de uma possível anexação de Taiwan.
Nos últimos anos, os militares construíram novos túneis e estradas, perfuraram dois poços profundos no deserto para criar poços verticais para explosões de alta potência, ergueram instalações auxiliares e conectaram a rede elétrica.
“De forma geral, isso indica um desenvolvimento significativo na infraestrutura nos últimos cinco anos e um aumento acentuado nas capacidades de teste”, disse ao jornal Rennie Baebiarz, vice-presidente da AllSource Analysis, especializada em monitoramento geoespacial dessas instalações.
A construção começou em 2021 e os trabalhos continuam neste ano, segundo dados da Babyarz. De acordo com a Federação de Cientistas Americanos, o arsenal nuclear da China possui aproximadamente 600 ogivas, em comparação com 5.117 nos Estados Unidos (incluindo 3.700 armazenadas), 5.459 na Rússia e cerca de 50 na Coreia do Norte. O Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo prevê que o estoque da China chegará a 1.000 ogivas até 2030.
