Tanto a Índia como a China têm concentrado tropas na região contestada de Ladakh, no Himalaia, onde os dois países rivais estão envolvidos em um impasse fronteiriço há vários meses.
À medida que a situação de tensão continua aumentando entre as duas nações nucleares, a China deslocou adicionalmente, desde a semana passada, 10 mil soldados para a Linha de Controle Real (LAC, na sigla em inglês) revelam fontes governamentais em Nova Deli.
Com o envio de mais tropas do Exército Popular de Libertação (EPL) para a área, a China concentra agora na região fronteiriça aproximadamente 52 mil soldados, para além de 150 caças e baterias de mísseis terra-ar.
Os 10 mil soldados foram enviados para a margem sul do lago Pangong Tso, onde os exércitos dos dois países têm se envolvido em confrontos.
Estes acontecimentos ocorrem após os ministros da Defesa e das Relações Exteriores dos dois países terem concordado em manter a paz ao longo da fronteira durante reuniões realizadas em Moscou em 4 e 10 de setembro.
Caça Mirage 2000 da Força Aérea da Índia na base aérea de Leh, em Ladakh. A Índia e a China começam a implantação para os três meses de inverno rigoroso, que começa no início de novembro, quando todas as estradas estão bloqueadas devido a fortes nevascas. China enviou adicionalmente 10.000 soldados.
O Exército indiano está dominando os montes estratégicos na costa norte do lago Pangong Tso, o que lhe permite controlar os movimentos do EPL.
A Índia acionou também toda a sua rede logística para se preparar para longos e rigorosos invernos na região, enviando na terça-feira (15) grandes quantidades de munições, equipamento, combustível, suprimentos de inverno e alimentos.
A Índia transporta anualmente mais de 150.000 toneladas de equipamentos e suprimentos de inverno para a região.