Imagens revelam dezenas de soldados do Exército chinês posicionados na fronteira da área em disputa com a Índia.
Fontes governamentais indianas afirmam que cerca de 40 a 50 membros do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) se mobilizaram perto de uma posição indiana em Rezang La, cidade localizada às margens do Lago Pangong Tso, na área de fronteira. os Himalaias, informou a agência de notícias russa Sputnik na terça-feira.
As imagens a que teve acesso os meios de comunicação russos mostram tipos de armas que se assemelham às utilizadas durante o grave confronto ocorrido em meados de junho entre os dois países nesta zona fronteiriça, onde morreram vários soldados dos dois lados. A Índia, de fato, reconheceu 20 mortos em suas fileiras.
Fontes indianas consultadas pela agência russa argumentaram que a situação está no “fio da navalha” e “instável” devido ao posicionamento imparável das forças chinesas na área da fronteira tibetana chinesa com a Caxemira indiana.
Por sua vez, um porta-voz militar chinês em um comunicado divulgado terça-feira instou o lado indiano a desistir de continuar suas ações perigosas após acusar as tropas indianas de cruzarem ilegalmente a linha divisória chamada Linha Real de Controle (LAC) da referida região de fronteira entre as duas nações, segundo a agência de notícias chinesa CGTN.
De acordo com a mídia chinesa, Zhang Shuili, porta-voz do PLA Western Theatre Command, pediu a Nova Delhi que pare todas as suas ações provocativas e “retire imediatamente todas as tropas (indianas) que invadiram a LAC“. A nota também alerta que a escalada de tensões provocada pelo lado indiano na região facilmente causaria mal-entendidos com consequências imprevisíveis.
Índia e China, ambos com enormes exércitos e armas nucleares, têm disputas abertas sobre territórios na área do Himalaia. Na verdade, os dois lados travaram uma guerra curta e sangrenta pela demarcação da fronteira na região em 1962.