A morte de um homem por peste bubônica – a doença secular que provocou a pandemia mais mortal da história da humanidade — levou autoridades da região da Mongólia Interior a isolarem um vilarejo, de acordo com informações da CNN norte-americana.
A morte foi reportada a autoridades da cidade de Baotou no domingo (2) e a peste bubônica foi confirmada como a causa ontem. Não foi informado como ocorreu a contaminação da vítima.
O paciente morreu de falha do sistema circulatório, de acordo com um comunicado da Comissão Municipal de Saúde de Baotou.
Para conter a propagação da doença, foi isolada a vila de Suji Xincun, onde a vítima morava, com a determinação de todas as casas sejam desinfectadas diariamente.
Todos os moradores da vila testaram negativo, até agora, para a doença.
Este é o segundo caso da doença este ano — e a primeira morte — confirmado pela China. O caso anterior foi descoberto em julho em Bayannur, outra cidade da Mongólia Interior, levando ao fechamento de vários pontos turísticos.
Causada por bactérias e transmitida por meio de picadas de pulgas e animais infectados, a doença matou cerca de 50 milhões de pessoas na Europa durante uma pandemia na Idade Média. A peste bubônica, que é uma das três formas da peste, causa linfonodos dolorosos e inchados, além de febre, calafrios e tosse.
O uso dos antibióticos, que podem tratar a maioria das infecções se forem detectadas com antecedência, ajudou a conter surtos de peste, impedindo a rápida disseminação testemunhada na Europa na Idade Média.
Apesar disso, a bactéria não foi totalmente eliminada e fez um retorno recente, levando a OMS (Organização Mundial da Saúde) a categorizá-la a doença como reemergente.
Recorrência comum
De 1.000 a 2.000 pessoas sofrem da peste todos os anos, de acordo com a OMS. Mas esse total provavelmente é uma estimativa modesta demais, uma vez que não leva em conta casos não relatados.
Segundo dados de 2016, existe a possibilidade de peste em quase todos os continentes, especialmente no oeste dos Estados Unidos, partes do Brasil, áreas dispersas no sudeste da África e grandes áreas da China, Índia e Oriente Médio.
Ontem, as autoridades de Baotou alertaram para o risco de “uma epidemia de peste humana se espalhar na cidade” e pediram ao público que tomem precauções extras e procurem atendimento médico imediato se houver sintomas de febre ou tosse.
Fonte: UOL.