A China teria, alegadamente, enviado sistemas de defesa antiaérea S-400, de fabricação russa, para perto da Linha de Controle Real (LAC, na sigla em inglês), na fronteira com a Índia.
As tensões entre Pequim e Nova Deli têm aumentado desde 2020, e recentemente a Índia moveu pelo menos 50 mil tropas adicionais para a fronteira com a China, sendo uma das maiores movimentações militares na região nos últimos tempos.
Agora, segundo o The Eurasian Times, vários relatos sugerem que o gigante asiático teria criado dois esquadrões de sistemas S-400 na base aérea de Hotan, na província de Xinjiang, e na base aérea de Nyingchi, no Tibete, perto da LAC.
Por sua vez, a Índia deverá receber o primeiro lote de cinco esquadrões de sistemas de defesa antiaérea S-400 Triumph, capazes de interceptar mísseis a um alcance entre 40 quilômetros e 400 quilômetros.
S-400: Índia vs China – quem venceria?
Ante a aquisição iminente de sistemas S-400 russos pela Índia, têm surgido debates nos círculos de defesa sobre se a resposta indiana aos S-400 da China seria a utilização de seus novos S-400.
A dra. Amrita Jash, pesquisadora do Centro de Estudos de Guerra Terrestre, situado em Nova Deli, disse que, de fato, Pequim está preocupada com a possível decisão da Índia em enviar também seus sistemas S-400 para a frente de batalha.
“A China vê a Índia como uma ameaça qualificada pelo fato de que a Índia sempre resistiu às ações chinesas na LAC. Ladakh Oriental tem sido uma prova da realidade [militar] não apenas para a Índia, mas também para a China. A China não pode mais tratar a Índia com leviandade”, contou ao The Eurasian Times.
A pesquisadora acrescenta que “para a Índia proteger sua soberania e integridade territorial, a solução está na implantação dos S-400 na LAC. Aqui, a palavra-chave é dissuasão”, notando que o gigante asiático está de olho nos sistemas de mísseis S-500.