Neste domingo (16), durante a abertura do 20º Congresso do Partido Comunista da China, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que Pequim buscará sinceramente a reunificação pacífica com Taiwan, mas não pode excluir o uso da força.
Em sua fala, o presidente chinês salientou que Pequim está disposta a “tomar todas as medidas necessárias” deter quaisquer interferências estrangeiras em relação a Taiwan.
“Com todos os nossos esforços, insistimos sinceramente na perspectiva de uma reunificação pacífica, mas nunca prometeremos renunciar ao uso da força e nos reservarmos a possibilidade de tomar todas as medidas necessárias contra a interferência de forças externas e o número extremamente pequeno de separatistas pró-independência de Taiwan”, disse Xi.
A liderança chinesa salientou que as medidas de Pequim não serão, em caso algum, direcionadas contra a maioria dos compatriotas taiwaneses.
Em agosto, as tensões em torno de Taiwan aumentaram após a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, visitar a ilha. Pequim condenou a viagem de Pelosi, que considerou um gesto de apoio ao separatismo, e deu início a exercícios militares de grande escala na região.
Taiwan tem um governo independente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan afirma ser um país autônomo — apesar de não declarar independência.